segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Feliz ano novo (Como todo ano...)

Coração partido. Acredito que poucas pessoas no mundo não desfrutaram desta sensação. Desta coisa de nos perdermos tão profundamente no que pensamos sentir por alguém que qualquer passo- ou falta deste- será incrivelmente danoso. E, com o tempo, nos damos conta de que devemos é seguir. Ou não nos damos conta, mas todos a nossa volta apontam para a enorme placa neon brilhante que diz DESISTA, que nos leva a jogar a toalha, silenciosamente, e desistir deste sentimento que talvez inventamos, ou talvez exista, ou talvez só queiramos o ver existir. E aí a única coisa que sobra é esta sensação de termos que deixar partir o melhor pedaço de nós, quando nos iludimos pensando que está em outro alguém a luz, o motivo, a razão de sorrirmos.
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O que eu levo de 2008? Que nunca tive, até 2008, um coração partido. Na verdade eu tinha uma enorme carência de viver coisas extraordinárias que só vemos nos filmes, destas coisas que nos tornam obrigatoriamente bobos e românticos, que nos fazem acreditar em amores à primeira vista, em destinos traçados na maternidade. Eu sentia uma grotesca falta de ser a atriz principal da vida de alguem, como antes havia sido. E era isso que, de vez em quando, doía.
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E, em 2008, eu conheci a verdadeira dor de um coração partido. Daquele que realmente encontrou um sorriso que valeu a pena, mas ele se foi, demonstrando que não valia tanto a pena assim. E descobri que o tempo que falam levar a cicatrização de um coração partido não é relativo: é longo, e a cura dolorosa, quase sempre nos levando a uma intensa jornada interna de busca de um pouco de autopiedade, excesso de zelo, de um pouco de destino nas nossas vidas e um desejo extremo por amnésia. E não temos vontade de trocarmos a roupa suja, de tocarmos a vida em frente, de virarmos a maldita página. Mas devemos. Então tentamos.
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Coração partido. Em 2008 tive meu coração partido. E em 2009 eu espero, com toda a força deste mundo, ter ele consertado.
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Que venha a cura.
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Feliz Ano Novo pra todo mundo!!
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2009 promete... que venha formaturas, novos empregos, provas da Ordem, festas de comemorações, novos amores, novas alegrias e dores.... essas coisas assim, bem legais de se viver.
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Que venha tudo que merecemos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

PIANO BAR

{O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor.
O que você não pode, eu não vou te pedir.
O que você não quer, eu não quero insistir.
Diga a verdade, doa a quem doer.}

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A gente se engana. Este é o problema. A gente finje que está tudo bem, que entende e que concorda com tudo. A gente diz que já passou, que o passado é algo esquecível, que pode ser assim, exatamente como não queremos. A gente finje conformidade. A gente diz que pode superar, quando alguém ainda percebe algo, no meio de nossa atuação triunfal digna de cinema, quando tentamos demonstrar a indiferença conveniente nestes casos. A gente passa por cima de tudo que pode demonstrar que não é verdade. A gente sorri. É um sorriso que, se bem olharem, verão faltar algo. Mas sorrimos.
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A gente finje, sorri e explica que tudo já passou. Mas quando bate o entardecer das horas, quando bate os dias melancólicos (que sempre vêm, cedo ou tarde), é o telefone, lá do outro lado, que irá tocar. E não é porque a gente disse entender, não é só pra perguntar um 'como vai você?'. É ele querendo ouvir o impossível, ele querendo algo que vai na contramão de tudo que já foi concordado, dito e entendido. É ele. E a verdade contida nele sempre vêm a tona, vez por outra.
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E ele parece não fazer parte deste 'a gente'. Nos denuncia. Nos entrega. Ela fica sem saber o que fazer. Fica gritando com ele, pedindo que pare de se autoflagelar. Então nós concordamos que não adianta nada finjir concordar. A gente entende que, apesar das tentativas, alguém aqui ainda sente algo que não deveria, e vai sempre se machucar.
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É. A gente tenta esquecer, mas ainda dói de vez em quando. E é muito complicado atuar 24 horas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Caio F. Abreu

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"Então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, e que assim me queres porque assim que és..."

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pensamentos escritos

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Saudade não é olhar pro lado e dizer "se foi". É olhar pro lado e perguntar "cadê?".
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Achei linda esta frase.
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Eu tenho pensado muito sobre a saudade. E, por acaso, é bem como esta frase diz a falta que eu sinto. Ela não é fruto da partida, mas dos pedaços que ficaram e me perguntam como faremos para nos conformarmos sem. Sinto saudade de coisas improváveis, de gente/coisas que nunca imaginei que sentiria algum dia. Mas também sinto uma saudade incrível de pessoas que nunca conheci e de coisas que nunca vivi, que chego a fantasiar uma vida paralela onde conheço todas elas, convivo com elas. Meio lunático, eu sei.
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Ando pensando, também, como às vezes achamos que vamos morrer sem ter algo e nenhuma morte ou tragédia irremediável acontece. A gente sobrevive, e o tempo leva aquela desenfreada vontade de abraçar bem forte pra nunca mais deixar partir. E vira lembrança, do tipo que tu nunca pergunta "cadê?", porque tem certeza que o tempo para acontecer aquilo passou, e agora tu nem entende muito bem porque achou que não iria conseguir viver sem.
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Tenho pensado sobre o medo. Acho que, às vezes, por trauma ou sei lá o quê, temos medo de enfrentar, medo de tentar, medo de ficar... Então decidimos seguir o caminho, como se algo que tem um certo valor não tivesse acontecido, como se aquilo fosse só mais um grão de areia beira-mar. Ignoramos as probabilidades, ressaltamos os defeitos e viramos 'mães Dinás' prevendo um futuro que pode não vir a acontecer. Aí decidimos seguir em frente, talvez fugindo da possibilidade de errar, ou por medo de estar perdendo a melhor parte ali, parados. É quando vem a saudade e nos diz que deveríamos, sim, ter ficado. Mas agora é tarde. Pois, talvez, nesta estrada, não haja algum retorno.
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Sim. Aqui existem alguns medos que me fazem partir, mas também existem saudades que pra sempre irão me acompanhar e me fazem, vez por outra, tentar voltar.
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No verão que chega....
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Vivendo váááários novos amores esta semana:
1°) eu mesma.
2°) novo CD do Marcelo Camelo. (foto de cima é a capa, muito interessante e linda, muito pra refletir, como todo trabalho deste GÊNIO!)
3°) eu de novo.
4°) a Dona Maria, gênio da limpeza de janelas e paredes. (sim, no mundo moderno- que é cheio de pessoas carentes por qualquer tipo de cuidado- a gente se apaixona facilmente por quem cuida da gente- no meu caso, este relacionamento se tornou tão intenso e importante que parece superar muitos outros amores que eu já vivi! Dona Maria, eu te amo!!! hehehehe)
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Ausência fruto da correria. Já vou me acalmar e voltar mais ao meu blogzinho abandonado!
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Beijos.

domingo, 16 de novembro de 2008

Marcelo Camelo

"Ninguém é sensível, ninguém é bruto o tempo todo. Todas as vezes que tentam me colocar num desses estereótipos, eu fico angustiado, sabe? Porque não é verdade. A vida é plural e a gente é feito de vários momentos. A construção da personalidade é feita de vários momentos, dentro de impressões sobre o mundo que você tem a cada momento e antes de qualquer coisa eu tenho muito mais conflito do que certeza. Então, eu não posso me afirmar porra nenhuma..."

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Prazer, Gabi!

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Olha... eu já paguei promessa, já fui prometida e já fui o prêmio de uma promoção de rádio. Eu já briquei de ser locutora numa rádio uruguaia sem nem falar espanhol direito. Eu já me amei e me odiei, já fui a metade da laranja, já chupei metade de um limão e movo montanhas por um bom chocolate. Já sofri por amor, já fiz alguns alguéns sofrerem, mas no final a verdade é unica e sempre se revela assim: Eu amo muito tudo que me cativa, sem precauções ou reflexões acerca dos possíveis danos. E o resto? Infelizmente e egocentricamente... é resto.
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Eu já tive meu nome em alguém como homenagem, já conversei com as paredes e já brinquei de ser a Xuxa. Já quis ser filha da Xuxa, aeromoça, estilista, engenheira e baterista. Hoje sou filha do Roberto (o rei!) e uma incessante questionadora do que é o meio termo na vida. Eu já produzi desfile de moda e já li todo 'O Pequeno Príncipe' em francês, sem falar ao menos 'Bonjour'. Já passei trote por telefone, já esperei longas horas por alguma mensagem no telefone. Já compuseram uma música eletrônica pra mim (que foi roubada e nunca mais ouvi). Eu já odiei tomar banho de Sol (mas acabei me viciando). Já roubei beijo. Já fui roubada. Já confundi sentimentos e descobri que o melhor de tudo é que, quando é sentimento e é verdadeiro, nunca termina, apenas se transforma. Já trilhei trezentos caminhos diferentes, andei por estradas erradas e voltei a estaca zero (e ainda continuo andando pelo desconhecido). Eu já chorei ouvindo música, já quis mandar trezentas músicas a trezentas pessoas e nunca tive coragem de assim fazer. Vivo analisando letras de músicas, pois poesias cantadas sempre me encantaram. Já cantei bem alto pela rua, murmurei baixinho coisas que queria gritar aos quatro ventos, já esqueci o que ia dizer e este pequeno gesto mudou totalmente o rumo das coisas. Eu já quis esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer, e aprendi que o tempo as leva, invariavelmente; e que para as coisas acontecerem na vida é só a gente realmente querer e pagar pra ver.
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Já tive casa na árvore, um lago onde tomava banho sem roupa, já caí mais de uma vez. Eu sempre caio... Já fiz juras eternas que se perderam no tempo, já escrevi pro presidente, pra concurso literário e escrevo seguido pra todos que passam pelo meu caminho. Eu vivo escrevendo. Já chorei sentada no chão do banheiro, já morri de rir e tive que ir correndo pro banheiro. Já fugi de casa pra sempre e descobri que fugir de quem somos é a pior decisão e não é remédio para qualquer possível mal, então acabei voltando no outro instante, para entender de que sou feita e onde pretendo, de fato, chegar.
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Eu já estive prestes a desabar, mas uma conversa banal me fez notar que há muito mais pra se considerar quando se trata de uma vida a ser bem vivida. Já fiz loucurinhas por um pseudo- amor (e não me arrependi depois). Já corri pra não deixar alguém chorando, já me senti sozinha no meio de mil pessoas por querer a impossível presença de uma só, alguém que certamente nunca soube ao certo a falta que fazia. Já bebi até cair, já fui na casa do Mickey, na Casa Branca... já morei em cada canto deste país, e mesmo com todos esses lugares conhecidos por mim ainda não encontrei o meu (apesar de viver na no mundo da Lua...).
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Já senti medo do escuro, de calorias, de gostar de alguém, da confiança extremada. Já aprendi com meus erros, mas acabei novamente errando. Já tremi de nervoso, já quase morri de amor e renasci novamente ao ver o sorriso de alguém especial. Eu já tive medo de mim. Muitas vezes, aliás. Já corri descalça na rua, já gritei de felicidade, já bati altos papos com completos estranhos que nunca mais vi. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas era um "para sempre" que acabou. Eu já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. E que estes que partiram viverão pra sempre num lugar especial onde sempre caberá mais um. E é assim, brincando de passear pelo passado, que vejo que foram tantas coisas feitas, momentos registrados nas minhas lembranças, guardados num baú, chamado coração. E lá eu guardo, para abrir de vez em quando e lembrar que nada é por acaso, que nada é em vão.
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É quando me desarmo e penso que amanhã até poderá amanhecer nublado, mas tenho um Sol tamanho GG que não me deixa esquecer que ser feliz é um absurdo, como outro qualquer... Como tudo na vida, um absurdo extremamente insano que vale a pena... porque loucurinhas quando inesquecíveis são as melhores, por serem estas as que contaremos aos nossos netos.
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Isto tudo é pra dizer que eu não vim a este mundo à passeio, não sei o que significa arrependimento e muito menos impossibilidade.
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Boa noite, Porto Alegre.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Fernanda Young

“Por isso tem tanta gente que não ama, nem é amado. São os que não agüentam levantar a tampa que os protege do incerto, e mudar. Pois a paixão é incerta, não aceitando o estabelecido. O amor, pior, engana, garantindo que poderá ser estável e infinito. E o ódio rapaz, esse é sempre eterno. Portanto, quem é que não ama, não se apaixona, não odeia? Os covardes? Com certeza. Os covardes, entretanto, sábios. Naquele conceito de sabedoria que mata você de velho. E morrer de velho, convenhamos, é a coisa mais humilhante do mundo.”

(Aritmética- Fernanda Young)

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> Ausência escrita.

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> Ausência emocional.

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> Ausência irracional.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

L.H.

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> Eu lembro quando eles disseram que nunca mais iriam cantar Anna Júlia. Saiu em alguma edição da Capricho, há muitos anos atrás, esta declaração. E aquilo ficou em mim. Na época eu não conseguia entender como a mesma Ana que foi cantada até por George Harrison podia ser desdenhada por seus mentores, em uma clara revolta destes com a bitolação dos ouvintes à apenas uma música de trabalho, diante de um universo de composições que estava ao seu redor. Ali ficava claro que eles queriam mais que o reconhecimento que a Ana poderia lhes dar. Eles tinham sede de tudo, e muito. E eu lembro disto como se fosse ontem.
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> O tempo passou e hoje eles cantaram na tevê, talvez pela última vez, Anna Júlia. O mundo anda, muda, e eles voltaram atrás. Talvez para presentear aquela multidão de fãs que abarrotaram o show, talvez pra, no final, voltar aonde tudo começou; ou porque realmente aquilo era apenas uma decisão evitando os milhares de pedidos pela tal musica que virou modinha em uma certa época. Não sei. Só sei que isto só demonstra ainda mais como as coisas são voláteis, que as pessoas tem o direito de tentar, de entrar e sair, fazer e voltar atrás; e isto talvez seja a maior prova que se está realmente vivendo algo maior que 'acordar-dormir'. E este direito de desdizer o que foi dito é essencial pra esta busca que fazemos por nós mesmos.
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> A liberdade de mudar foi a lição mais bonita que tirei deste DVD tardio dos Los Hermanos. Sim, eu sei que muitos anos se passaram desde a tal declaração, que eles já estavam tocando Anna Júlia em alguns shows, que polêmica mais velha que esta impossível. Mas eu lembrei, fazer o quê, e me emocionei com a liberdade que temos, de poder fazer o que quisermos com as nossas vidas. E renasceu uma certeza de que, um dia, as coisas serão diferentes, melhores. E isto só depende de mim. Porque a vida é dinâmica, e sem maiores explicações podemos mudar tudo que somos e voltarmos a sermos quem fomos, sem ter que necessariamente justificar isto à alguém, apenas porque é melhor pra nós mesmos. Não é poético e insaciável esta pretensão de melhorar a todo custo, de buscar sempre o melhor pras nossas vidas????
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> É. A vida é interessante demais e são inúmeras as opções pra fincarmos pé em uma simples decisão.
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> Quanto ao resto... Foi estupendo. Extraordinário. Com direito à catarse coletiva.
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PS: Quem quiser saber mais sobre o porquê do não tocar Anna Julia por um tempo: http://www.youtube.com/watch?v=HwruNBViN7o&feature=related

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Percepções

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Não importa.
A paixão quando chega nunca pergunta se é bem-vinda.
A vontade de ser, amar e pertencer é tão grande que logo esquecemos que por elas certamente já quase morremos algum dia.
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Quero continuar a morrer e renascer; até que um novo, verdadeiro e maior amor nos separe.
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Malas sendo desfeitas. E cheias de precoces saudades (a serem perdidas em um canto qualquer desta enorme cidade...).
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Uns beeijos!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sobre as lágrimas derramadas

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Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo.
Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso. A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão.
(Caio Fernando Abreu)
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Quando bateste a porta elas já nem escorriam mais. E eu chorei a seco por tudo. Um choro estrangulado, proibido, frustrado; mas eu chorei. Chorei por ser uma divertida companhia numa cidade que pode ser tão maravilhosa quanto tediosa; por te dar o meu coração e não ter o que receber; por saber o quão é grande o meu querer e nunca ter aprendido a sofrer. Chorei por todos os parênteses que nos permitimos dar, por todas as lacunas que não conseguimos completar, por todos os teus "nãos", "poréns" e pelo "quase lá". Sim, chorei pelo que se perdeu e se ganhou em um pouco de nós, pelo que chegou de Gabriela e pelo que hoje embarca dela.
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Nem porteiro, nem guardas. Ninguém notou que eu chorava. Convulsivamente chorava. Não houve testemunha do meu quase-afogamento na secura, mas lá estava. E eu queria, pedia por algumas gotas de lágrimas. Daquelas que aliviam e lavam a alma. Porque lágrimas são solventes, dissolvem mágoas. São coadjuvantes no processo de abrandar a dor, a falta, a vontade, o desespero da chegada do final e do início imprevisível. E lágrimas rolam soltas pela face, os olhos incham, há vermelhidão, alívio, há vontade de recomeço, de mudar tudo que já conheço. E eu apenas pedia por um pouco de lágrimas.
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Mas no meu choro seco não houve nenhuma gota derramada. Tratei a amargura como um velho tabu a ser desmistificado. Papo que requer cuidado redobrado, mas deve ser tratado. Sequei a minha tristeza à sombra de mim mesma, sentei com minha lama pesada e me pedi perdão. Retirei todas as falsas verdades e carreguei de realidade o meu iludido coração. Mostrei a ele que nada adianta fugir do que somos, assim como não adianta se conformar com o estado de penúria e seguir a pedir esmola, pedindo quase nada, o suficiente para sobreviver, e achando que já basta. E nunca deixará de ser uma pobre perspectiva que pede um pouco pra receber o quinhão que sabe pedir, pois assim está condicionado a seguir.
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É. Ontem chorei por tudo isto e mais um pouco. Invadi a noite, era madrugada e eu sem conter o choro. Ninguém notou. Nem o sofá- cama, já cansado do meu corpo– cúmplice dos meus pensamentos, meu melhor amigo, ouvinte de todos os meus tormentos, se compadeceu com meu choro. Permaneceu ali, indiferente ao choro que só eu sei que foi realmente chorado.
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Já era hoje e eu chorava.
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Ainda choro.
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Então...
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* É chegada a hora.
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* Adiós, Cidade Maravilhosa.
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* Boa noite, Porto Alegre.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ouvindo: Condicional

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{Eu sei, é um doce te amar, o amargo é querer-te pra mim...Do que eu preciso é lembrar, me ver, antes de te ter e de ser teu... O que eu queria, o que eu fazia, o que mais??? Que alguma coisa a gente tem que amar... mas o quê??? Não sei mais!}
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> Coloco um copo d'água ao lado do computador, olho na tela em branco as páginas e páginas a serem escritas no singular, mas, mesmo sabendo que agora não teria um pingo de sanidade o plural, inconscientemente me tranposto pro teu lado para escrever sobre nós, e penso no que será que estará sonhando no teu sono atrasado, e acabo também fechando meus olhos para me tornar um pouco de ti depois da minha noite um tanto quanto perdida (sem a tua presença), pra tentar escrever algo que mate um pouco esta louca abstinência do teu abraço.
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> Olhos fechados. Está tudo escuro. Então, sossegue, Gabriela. Porque, na verdade, o amor é bem isto aí o que tu estás vendo. Uma escuridão cheia de brilhinhos que mostram tudo sem mostrar coisa alguma. Ora horrendo, ora estupendo. Ora provocante, ora assustador. Ora asfixiante, ora arrebatador.
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> Boa noite, Piraquara.
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O pior...
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... é que só eu e o porteiro do teu prédio acreditamos que um dia ainda ficaremos juntos.
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... é que até a cabelereira que nem te conhece disse pra eu te esquecer.
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... mas o pior mesmo é ouvir de ti o que todo mundo me diz.
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> Bate aqui em casa, pede pra eu não ir, me beija loucamente e me leva pra ficar contigo pra sempre, até que a vida adulta nos separe...
(Desculpe, era só uma utopia ociosa me fazendo companhia....)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

The losing game

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{ Eu sei, jogos de amor são pra se jogar.. Ah por favor não vem me explicar o que eu já sei, e o que eu não sei... O nosso jogo não tem regras nem juiz... Você não sabe quantos planos eu já fiz... Tudo que eu tinha pra perder eu já perdi... O seu exército invadindo o meu país..
Se você lembrar, se quiser jogar.... Me liga, me liga...
Mas sei, que não se pode terminar assim... O jogo segue e nunca chega ao fim e recomeça a cada instante a cada instante... Eu não te peço muita coisa só uma chance... Pus no meu quarto, seu retrato na estante... Quem sabe um dia eu vou te ter ao meu alcance.... Ai como ia ser bom se você deixasse...}
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> Sinceramente??
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> Existe um alguém que quer falar tudo que acha que sente, mesmo que cercado de incertezas, como de costume. Quer gritar a tua importância aos quatro ventos, te conquistar a qualquer preço. Ignora todas as impossibilidades, sejam vindas de tua boca ou provocadas por terceiros. Ele segue (invariavelmente) te querendo, te buscando e te esperando. E ele faria qualquer coisa pra te ter ao seu lado. É. Esse alguém te quer tanto que chega a lhe faltar o ar.
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> Neste mundo, existe um alguém que também duvida. Duvida que exista alguma chance de um dia ser o motivo do quê tu sentes e, justamente por isso, não diz o que sente. Ele não diz, e te faz achar que ele não sente nada por ti quando, na verdade, tudo sente. Talvez assim o faça por ter um grande medo de ouvir teus 'nãos', sentir o frio da tua ausência e o coração apertado pela tua inexistência. Prefere, assim, fingir; passar reto pelo que já aconteceu, se conformar com qualquer coisa que virá. Contudo esse alguém nunca esquece que é por ti que ignora o que se passa ali, dentro dele.
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> Existe, ainda, um alguém que arde. Alguém que acredita ser todo este sentimento frustrado e inexistoso, e por isto espera a cada esquina por algo melhor, algo que nunca aparece e que o faz permanecer nesta incessante busca. Esse alguém sabe das tuas reais (faltas de) intenções, e não pretende se prender ao teu sorriso arrebatador, mesmo que muitas vezes sua busca se fundamente num devaneio. Esse alguém sabe que, no fundo, não consegue deixar é de tentar te encontrar pelas esquinas da cidade.
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> E há um alguém que espera. Espera pela oportunidade, a porta semiaberta, o entremeio, ou um feixe de luz que ilumine o caminho mais certeiro até o teu coração. Ele fica na espreita, esperando a hora de poder agir. Este alguém está parado diante de ti, e quer que tu diga exatamente a deixa, a senha para que possa se despir das armaduras tão manjadas que carrega e te entregar seu frágil coração. Esse alguém te gosta muito. E não sabe mais ao certo se conseguirá viver longe de ti.
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> E quem sou eu?
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> Alguém.
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> Escolha o teu predileto. Ou que vença o melhor.
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Rodapé:
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* E tu?
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* Tu é a espera que eu escolhi viver. Tu é a lembrança que eu escolhi querer. Tu é a presença mais doce e a abstinência mais cruel que eu poderia conhecer.
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* Ah, e tenho saudades sim. Até quando tenho por perto. Até do que eu não vivi. Isto explica muita coisa, sabe?
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*As responsabilidades e os deveres, muitas vezes, são os meus maiores aliados.
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* Uns beijos.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Enfim...

(Foto triii artística- por eu mesma- com meus queridos anfritriões no Forte de Copacabana. Sim, em plena quinta-feira. Isso sim que é vidãooo!)
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" A vida é um punhado de lantejoula e purpurina que o vento sopra. Daqui a pouco tudo vai ser passado mesmo. Let it be... deixa soprar. Fica pelo menos com o gostinho de ter brilhado um pouco."
(Caio Fernando Abreu)
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Se eu acreditasse...
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Se acreditasse eu diria que é a mais pura verdade aquela história do Santo Antônio ser um baita gurizão e vive gurizeando na minha...
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Mas não, eu não acredito.
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Verdade encontrada. Aprendido e Sobrevivido.
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Então... é vida que segue.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Demaquilando pontos de vista

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{É de lágrima que faço o mar pra navegar..
E ao senhor de iludir, manda avisar, que esse daqui tem muito mais amor pra dar!!!}
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> É quando para de enfeitar tudo que a entorna que ela sente uma enorme falta de ar, pois percebe o seu verdadeiro estado cárcere, presa a ilusões estrategicamente criadas para manter suas esperanças infundadas no plano real, e que tudo faz parte de um grande devaneio seu.
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> São minutos longos até esta sensação passar plenamente e vir a vontade de apenas seguir em frente. E, enquanto espera retomar a respiração normalmente, ela fica pensando de onde vêm tantas turvantes ilusões. Não sabe. Não consegue entender. Não entende como pode gostar e odiar um mesmo alguém, e as pequenas atitudes (ou a falta delas) podem ser tão danosas. Na verdade, ela nem ao menos se entende completamente, e isto já diz muito. Talvez porque ela não consiga parar de sonhar, e de tanto querer tornar sonhos realidade, de tanto buscar e não encontrar, prefira viver de distrações, pensando estar certa quando tudo indica que continua incindindo nos mesmos erros de sempre. Então ela prefere fugir, mesmo sabendo isto é a sua maior perdição.
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> Mas, no fundo, ela sabe onde vai chegar. Ah, ela sabe... E, o mais importante: sabe que vai retomar o seu ar e, então, irá parar com toda esta farsa planejada por ela mesma, transformando a angústia latente em sorrisos despretensiosos. Sem mais ter que esperar por pelo menos um lapso de lembrança alheio ou qualquer coisa que comprove que nada é em vão. Isto porque ela não quer mais depositar nada em ninguém. E, mesmo perdida em sua ignorância momentânea, ela sempre continuou consciente de muitas coisas, como o seu perfume predileto, a bebida que mais agrada seu paladar, o momento em que se apaixonou e a hora de entender os sinais.
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> Sinais. Isto mesmo. São muitos. E ela não está ficando louca.
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> Ela só precisa encontrar uma verdade para si que combine com suas perguntas. E com todos estes sinais.
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Pois eu....
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* Continuo no Rio. E ele continua lindo.
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* Saudades de Porto Alegre e de todo mundo que amo de paixão. Mas eu sobrevivo.
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* Mas antes de sair sobrevivendo pelas ruas da cidade maravilhosa... Uns beeeeeijos especiais pra todo mundo que anda me deixando com sorriso de orelha a orelha, demonstrando as saudades que sentem da minha pessoinha. Eu A-M-O esse jeito que vocês se fazem presentes nos meus dias, mesmo a tantos mil quilômetros de mim, me dando motivos pra querer voltar pro meu Porto e fazer dele o lugar mais Alegre onde já pude ir. Obrigada por existirem!!!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sex and the city

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"Bom... talvez esteja na hora de sermos claros sobre quem sou eu...
Sou alguém que procura por amor. Amor verdadeiro... um amor ridículo, inconveniente, consumidor... um amor 'não-se-pode-viver-sem-o-outro'... e não acho que este amor esteja aqui nesta suíte cara, neste lindo hotel... em Paris.
A culpa não é sua... é minha.
Eu não devia ter vindo para cá... Por favor, não fale... estou bem, obrigada."
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Atenção senhores visitantes deste pedaço de lugar!
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> Já fazem mais de 365 dias que tenho um Blog. Parece muito mais, pois relendo este pedaço virtual, relembrando este um ano que passou, vi que as coisas não tem sido tão estanques quanto aparentavam ser.
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> Eu só espero que tudo continue dando muito certo. E nada volte a ser como antes. Pra todos nós.

domingo, 6 de julho de 2008

Fui...

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{ Volto quem sabe um dia, Porque os trilhos já tiraram do chão.. Olho as tardes, vivo a vida.. Nada é em vão!}
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Férias, enfim!!!
Sim. De tudo. Volto em agosto pra ver o que sobrou da minha Porto, que sempre é alegre, mas andou meio acizentada nesta última semana.
Enquanto isto fui viajar e viver de roupas de verão, alguma coisa a mais e um muito de alguns alguéns...
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(Só espero não perder a vida inteira procurando, nos lugares errados, coisas erradas.)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Das coisas que não vemos quando somos agentes do verbo 'ser'.

> É triste ver o ponto que o ser humano chega quando está perdido, confundindo drasticamente seus interesses e convicções. É decepcionante a capacidade que temos de embaralhar a ordem das coisas, agindo de forma impensada, tentando, na verdade, apenas nos fazermos notáveis por alguém que passa em nossas vidas. É triste ver que, apesar de conhecer o certo, uma pessoa pode apenas se permitir querer o errado. É incrível que, mesmo sabendo dos seus feitos, alguém prefira se vangloriar de seus defeitos, chamando isto de vida, pensando que o belo está em quem consegue ser mais malandro e imaturo. É triste e comovente.
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> É decepcionante percebemos um alguém, que sempre significou tantas coisas positivas pode, em poucas e ordinárias palavras, se tornar algo negativo a ponto de nos fazer chorar. Em algumas frases mal ditas pode mudar todo o entendimento de que tinhamos sobre ele, e raras são as coisas que farão isto mudar. Mais difícil ainda é perceber que ele se deixou levar pelo que nem sabe se é certo, e não quis entender a pouca verdade contida em um ninho de maus entendidos, porque o ser humano é, essencialmente, um leva-e-trás, e nada o afastará do seu talento de tornar algo ruim, dolorido, invardadeiro, perigoso- mesmo quando se tratar de coisas não danosas. Pois é, meus caros. O ser humano é dotado de uma incrível capacidade de tornar tudo o que vive um 'jogo de prejudicar'. E na surpresa da verborragia alheia tu acaba vendo o quão desesperado o ser humano é quando simplesmente contrariado. É decepcionante.
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> É irônica a imbecilidade humana contida em suas passionais atitudes. Dentro de uma realidade que envolve só duas pessoas, um relampejo de qualquer coisa que possa ser atentado contra um terceiro provavelmente será recebido com risadas e deboche. É que as mentes sãs não envolvidas pelo amor contido em dois corações procedem de tão racional forma que qualquer atitude será excessiva e ridícula. Mas, mesmo sabendo disto, o ser humano vai e faz. Vai entender. Patético.
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> E sim. Mais do que nunca os adultos estão, definitivamente, ficando loucos.
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A contagem:
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> Faltam 4 dias para as minhas tão merecidas férias. E-BA!!!
> Depois de 4 cansativos e duradouros anos hoje faltam mais ou menos 365 dias, uma monografia, uns 40 e tantos créditos e uma ainda longa jornada pra eu ser uma futura bacharel de direito desempregada. Um salve pra mim!!! E um boa sorte também.
> Falta um monte de dias pra qualquer coisa que virá.
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> E o que virá?
> Eu sei lá.
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> É. Mas tô pagando pra ver.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

12/06/08

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{ Jogue suas mãos para o céu
Agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que estivesse sempre com você...}
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{Escorre, aos litros, o amor...}
(PS: esta, sem sombra de dúvidas, é minha frase predileta sobre o que é estar amando..)
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É só mais uma data comercial.
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Sim, é só uma data comercial, como o dia da avó, da sogra... Tu, por exemplo, comemora estas datas? Eu não. Então hoje é só uma data (como qualquer outra) criada pra gente ter uma boa desculpa pra gastar sem o peso na consciência. É verdade. É uma data comercial que emplacou, devido ao número de pessoas que amam; mas ela surgiu assim e sempre terá esta finalidade, independente dos adeptos a comemorá-la. E, enquanto escrevia a tentativa de escrever algo, várias incertezas sobre a veracidade dele surgiam na minha mente. Na verdade eu até tinha me esquecido que hoje é o tal dia... Porquê??? Porque é só um dia. O dia que eu tinha mil coisas pra resolver no trabalho, prova de direito de família, tinha a lista de compras do supermercado pra terminar.. É só mais uma quinta cheia de coisas pendentes. E o que sentimos não pode se resumir a isto, a um mero dia... Porque pra mim todo dia é dia dos apaixonados. Todo dia é dia de se entregar. E ninguém me tira da cabeça a falta de romantismo do ser que elegeu um dia dos 365 do ano e intitulou-o 'dia dos namorados'. E se tu realmente está amando, apaixonado ou qualquer coisa do gênero tu não irá querer te prender a uma data pra deixar escorrer aos litros, pelos teus dias, o amor. Celebrar união amorosa?? Isto se deve fazer a toda hora, renovar os votos diariamente, amar incodicionalmente, comemorar o encontro de duas almas, dois corpos... e demonstrar tudo isto. O resto é balela.
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Mas, por hoje ser um dia como outro qualquer... Feliz dia dos namorados pra quem ama!!!
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E não esqueçam que toda moeda tem dois lados.
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Uns beijos.

sábado, 7 de junho de 2008

A nova definição Gabrielística para a espera...

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{Não se afobe, não
Que nada é pra já ...}
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> Cheguei a uma conclusão: Ela existe, é longa- o que comprova a relatividade do tempo. Ela existe e, quando termina, normalmente se recria; de forma que estamos presos a uma eterna espera da chegada do futuro, para que este vire logo presente, ou passado.
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> Eu particularmente sou ótima neste tema. Enquanto conto os segundos esperando minha senha ser chamada ou cuido o relógio no meio da aula de organização judiciária; acabo me jogando em falsos abismos feitos de achismos nos quais pulo sem pensar que poderei me machucar. E neste território perigoso caminho em solo feito de pensamentos alternantes, desviando-me de mãos e braços sedentos por um empurrão que me fará cair, comprovando que tudo foi em vão. Minha ansiedade, inconstância e insegurança me forçam a enxergar coisas que podem ou não existir, mas que naquele tempo ocioso se tornam verdades pra mim. Elas me fazem perceber o quão precipitada sou, pois nada começou e já quero saber como será o caminho que nem percorri.
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> No entanto, apesar dos meus defeitos manjados e minha imaginação fértil, tenho plena consciência de que quero esperar pra viver o que virá. E não é que eu não saiba da total volatilidade do futuro, mas desejo profundamente tentar. Sei que poderei conhecer a cura das minhas feridas nesta empreitada, ou não. Sei que poderá se revelar o sentido da minha existência, ou não. E ali pode estar, sem sombra de dúvidas, a razão certa para eu tirar este colete salva-vidas, me arrependendo depois, ou não. Então, por minhas certezas serem feitas de tantas incógnitas, eu apenas espero, pois por inúmeras vezes quis, de fato, que chegasse o motivo certo para assim fazer.
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> E lá de cima, das falésias que eu mesma criei, sou uma mera espectadora da vida, que passa. Tudo acontece, mas é o nada que tenho vivenciado nestes últimos dias. E não faço algo a para que isto mude, nem tenho vontade de buscar a solução para esta aparente inércia (como em outros tempos); e talvez seja por isto que tudo tem acontecido assim, desta forma. Na verdade estas coisas que passam diante de meus olhos não são tão encantadoras a ponto de eu querer descer e me juntar as caravanas que seguem. Então espero, pois é longe o lugar onde quero chegar, e nem só de quilômetros, dias, horas, metros, centímetros e segundos é feito este caminho.
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> No mais, sigo esperando. E espero porque quero num futuro próximo poder dizer que não esperarei nunca mais. Espero, pra poder dizer a todos que encontrei um novo lar. Espero, pra poder fazer deste teu coração o meu lugar.
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> E... enquanto isso não acontece, faço morada destas frias paredes feitas de cimento, antes costumeiras, e que agora parecem tão desconhecidas. Eu fico aqui, esperando.
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> Em stand by.
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Tic-tac, tic-tac, tic-tac....
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> Contudo, a única verdade inquestionável é que tenho uma certa pressa em viver o amanhã. Mais do que nunca.
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> E isto inclui mais 8 provas, um júri pra assistir e relatar, três peças pra fazer, uma segunda via de identidade pra providenciar, um tipo sanguíneo pra descobrir, um óculos pra consertar, dentre outras cositas más...
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> Mas logo depois deste amanhã eu pretendo somente ser feliz. Sem preocupações batendo na porta. Sem responsabilidades de estudante, estagiária, mulher, cidadã ou coisas do gênero. Voltarei aos meus 13 anos com força total. Me aguardem!
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> Beeeeeeeijos de bom final de semana pra todo mundo...

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Nídia

A vida é dinâmica. Pessoas entram e saem sem pedir a menor licença. Algumas apenas passarão, outras serão mera lembrança para os dias de melancolia. Contudo, há certas pessoas que vêm pra mudar todo um entendimento, e tu nunca mais as deixará partir, porque com elas vale a pena dividir muito mais que um simples sorriso de 'olá'. A vida é tão exata que por mais que desviemos deste tipo de gente elas acabam por um dia nos encontrar. E foi pra comprovar tudo isto que ela apareceu. Depois de tantos caminhos tortos, tantas buscas infundadas, ela veio e mudou muito mais que um ponto-de-vista. Como uma flecha certeira, arrebatou ele, eu e todos que têm o previlégio de conviver com ela. E foi assim que ganhei bem mais que uma amiga ou cunhada, ganhei uma nova irmã.
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Então falar desta mulher é falar de um ser especial. Alguém que é anjo, cupido, ombro e ouvido amigo, menina moleca e mulher fatal, tudo numa única mente (por vezes sensata, por outras insana). Puro charme, seja de tênis ou de salto agulha, mesmo enquanto lava cavalos ou enche a casa de Bom Ar. É única em qualquer lugar: seja no Rio de Janeiro, Livramento ou em Porto Alegre... E ela pinta e borda. Dita moda. Na verdade, ela é tendência. E não tá nem aí para opinião alheia, sabe viver muito bem exatamente como ela é. Durona quando quer, tem cuca fresca e sabe fazer valer suas vontades. Um exemplo. Assim é a Nídia. Uma energia boa que irradia alegria, aqui ou há 2000 e tantos quilômetros, com boas ou más notícias. E ela tem o humor certo, as palavras certas. É puro amor pra quem merece. Compreensão em doses cavalares. E ela não dá ponto sem nó. É pura sedução, iluminando e seduzindo a vida. É uma curiosa descobrindo o mundo. Sim, porque ela é múltipla. Tem olhos desbravadores, personalidade forte e um coração do tamanho do mundo. Muito sensata, mas sem perder seu lado lúdico, sincero e sempre com a certeza de que as coisas darão certo. Uma diva, eu diria.
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Ela é isto e muito mais. A Nídia é, na verdade, uma super fada-madrinha. Ela tem uma magia, uma química especial que faz com que não consigamos desgrudar nossos olhos dela. Ela faz as coisas acontecerem. Seus gestos e palavras parecem milimetricamente calculados para encantar os espectadores. Estar com ela é ter a certeza de momentos inesquecíveis e especiais.
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Mas a Nídia é fera também. Se alguém chega para atacar qualquer um dos seus amores, ela bota pra quebrar, mostra que a sua força vai além da frágil aparência de mulher sensata. Ela é, sem sombra de dúvidas, uma eterna defensora da minha felicidade.
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E com ela já chorei por partir, já roí unhas de ansiedade, já gritei de raiva e já murmurei de aflição. Mas o mais comum são as nossas crises de risos e as longas horas de conversas... Nós definitivamente somos opostos que se atraíram. Enquanto ela é equilíbrio, eu alterno entre minha extremada razão e minha turbulenta emoção; enquanto ela é doçura e eu sou pimentinha; e assim vai. São coisas que tornam nossa relação eterna, porque a gente se complementa. E admiro ainda mais ela por conseguir amar a gente do jeitinho somos (Quer coisa melhor?). Com todo meu teatro. Minhas loucuras e inseguranças. Meu humor peculiar. Meu amor incondicional... E ter ela na minha vida é saber que tenho colo e proteção quando preciso, que tenho pra onde fugir quando o mundo cair. Enfim, Nídia é complemento. É feita de elementos raros, e por isto tem tanto valor.
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Por ela ser isto e muito mais que é impossível não querer ser um pouco Nídia. E tentar dimensionar em palavras tudo que ela significa é um trabalho complexo, pois é solucionar uma equação que envolve: feminilidade, personalidade, compreensão, muito amor, atitude, estilo e salto alto. Um quebra-cabeças de um zilhão de peças delicadamente encaixadas, com um coração incrível que compreende e ama como ninguém. São milhares de percepções que se fundiram para criar este ser humano incrível, capaz de tirar de si para ver os outros felizes. E eu amo ela. Porque ela me dá as melhores gargalhadas, telefonemas, tem conversas divertidíssimas e palavras lindas nos nossos reencontros que me fazem lembrar: escrever bonito não é nada. O importante é viver bonito. E isso ela faz com maestria. Ah, e sinto um orgulho enorme de tentar escrever um pouco sobre a Nídia e não conseguir ser completa. (Tu é maior que todas estas palavras.)
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Feliz aniver cunhas amada! Tu vale diamante! Amoooo de montão!! Te desejo uma bela LV recheada de amor, saúde paz e sucesso! Cuida do que é nosso, pois um dos maiores bens da minha vida está nas tuas mãos (e por ver como tu o faz feliz que eu só tenho a te agradecer de montão!). Muitos beijos cheios de saudades! E que venham muitos outros aniversários pra comemorarmos juntas!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Lembranças

{Só queria que você soubesse que
tudo aquilo que aprendeu comigo não vai ser fácil de encontrar nos livros
e em outros corpos sem direção...
E não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim
Quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui...}
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> E a cada novo beijo, a cada novo abraço, a cada palavra, olhar trocado, e a cada carinho que eu tinha guardado para aquele exato momento, eu ignorava cada vez mais todos os medos e inseguranças que normalmente nos fazem frear diante das surpresas inesperadas da vida. Eu só conseguia querer que o mundo parasse com a sua dinâmica rotação na fração de tempo em que o passado toca o futuro, esquecendo todo o resto, desde o que já passou até a incerteza do que está por vir. Sim, eu só queria que o universo congelasse naqueles segundos, assim como parou meu coração. É que ali, na inexistente ilusão do presente, meus olhos ganhavam cores mais vibrantes e minha boca mais motivos para sorrir, e eu queria nunca mais ter que partir.
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> Isto eu acho que se chama felicidade.
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> E ela estava em quem ali éramos, em quem estavamos sendo um para o outro, e não no que poderiamos vir a ser ou o que fomos há algum tempo atrás. Estavamos entregues, meus olhos brilhavam, e a cada segundo que passava este brilho era mais intenso, reluzindo ainda mais a cada nova olhada.
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> Isto eu não sei bem como se chama, mas pretendo que não pare por aqui.
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> Neste exato momento, onde as palavras eram fáceis, onde nossos corpos tinham um encaixe peculiar, onde o silêncio nos convidava a sonhar; as cidades pareciam ficar cada vez mais próximas e as dúvidas pareciam inexistentes.
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> E ali, em meio a coisas que eu nunca saberei ao certo como chamar, eu decidi fazer de pontes aéreas as minhas estradas.
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> Então eu apenas sorria, porque já era quase dia e tinhamos que acordar cedo.
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Rodapé?
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* A minha vida acabou ganhando páginas mais coloridas, escritas a várias mãos, com lindas frases que pretendo não esquecer. Assim é o que guardo dos meus dias no Rio. E tenho que agradecer imensamente aos co-autores destas memórias. Então, primeiramente... Nídia e Miguel: vocês são maravilhosos, são pessoas que tenho a honra de conviver, e é impossível querer seguir sem vocês. Amo demais, obrigada pela recepção, pelos carinhos, palavras, conselhos, preocupação, companhia, amor, passeios, risadas. Enfim, por tudo que vocês me proporcionaram. E ao Syllas: obrigada por toooooodo o resto.
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* Se coubesse em palavras, eu diria com todas as letras...
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* Mas a verdade é que não cabe. Impossível precisar do que se trata. Contudo, existem coisas que não sabemos definir, não sabemos o quê fazer com elas, não sabemos de onde vieram e pra onde vão. Sabemos que provavelmente poderão dar errado, ou não. Queremos explicar, mas simplesmente não cabem em meras palavras.
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* E eu, na minha irritante mania de verbalizar meus pareceres das coisas mundanas, acabo por perder todos os verbos, conjunções, adjetivos e abvérbios... e apenas continuo a contar o passar dos dias.
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* Bjos pra todos os motivos....

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Idas e vindas

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> Existem sentimentos e sensações que não viajam com a gente. São coisas que deixamos ali, no lugar onde tiramos as roupas do guarda-roupa, com as portas bem fechadas pra não ter o risco de enganchar em alguma mala e acabar indo junto sem querer. Tem angústia que não solta do nosso quarto, tem tristeza que fica grudada no edredon e têm medos que abandonamos no caminho do aeroporto. Pois é. Existem sentimentos e sensações que se deixa em casa, por mais que aparentemente nos possam nos fazer falta onde quer que estejamos. Se deixam os problemas para serem resolvidos amanhã, na próxima semana, na volta, no próximo ano, na próxima encrenca, ou nunca.
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> Existem sentimentos e sensações que precisamos despachar no momento do check-in, para pegarmos só na volta. Afinal, nada pode ser mais perigoso do que levar ansiedades, preocupações ou quaisquer outros sentimentos negativos na bagagem de mão. Nada mais arriscado que abrir a mala na chegada e dar de cara com um tanto de manias irritantes e inseguranças que não levam a lugar nenhum. E não é que iremos nunca mais encontrar tais sentimentos, mas deveríamos, sem dúvida, perdê-los pelo caminho.
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> Mas existem outros que vão conosco, não importa o quão longe iremos. Tem saudades que são essenciais para que passemos pelo portão de embarque, desejos que causam turbulências nos vôos e expectativas que dificultam e/ou facilitam o nosso ir e vir. Com o tempo aprendi que, assim como existem sentimentos que ficam restritos a um determinado tempo, história ou um certo lugar; existem outros que teimam em se esconder nos nossos bolsos e vão com a gente aonde formos, não importa onde estejamos.
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> E foi procurando pela passagem de ida na bolsa que encontrei algo que achava ter deixado em Porto Alegre, em Livramento, em qualquer outro lugar, menos aqui. Algo que pensei ter abandonado bem antes, num tempo onde aprendi que a precaução é essencial para não acabarmos de vez com nossos corações. Estava ali, no meu bolso, preso nas minhas vestes, a vontade que tenho de perder meu ar e nunca mais conseguir recuperar. Estava ali, preso ao meu corpo, o desejo que tenho de me entregar a alguém e nunca mais me encontrar. Então percebi que faz parte de mim, e não há como me livrar.
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> Estou no Rio de Janeiro. E continua lindo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Copeland

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"Viva, viva, viva
Porque você ama, ama, ama
E o amor lhe fara dar, dar, dar
E dar
Até você se despedaçar
Mas o que você irá querer é se consertar
Apenas para poder se despedaçar de novo...."
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E a na mala não cabe tudo o que quero levar....





...mas pior vai ser fazer caber tudo o que pretendo trazer.
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Então, por hora, é isto... Uns beeijos de boa semana, pessoas!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

C´est la vie...

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{Não há razão pra te escrever
Perdi a razão ao encontrar você...}
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Eu andava sem pressa, sem rumo, distraída. Quando me dei conta veio aquele carro, desgovernado, e me acertou em cheio. E permaneço presa nas ferragens cujas chamas o tempo e a chuva estão tratando de tentar apagar. Não peço socorro. Pelo que parece, nunca me senti tão confortável. Nunca antes havia encontrado prazer em ser esmagada por desejos e acasos, como os papéis que amassamos para jogar na lixeira, mesmo sendo feita de um material muito parecido com ferro, tão forte quanto aço.
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Envolta por restos, aparentemente não sangro, não dói. Estou bem, anestesiada talvez. Mas, ao mesmo tempo, por dentro sangro, grito, sinto. Estou em pedaços, arranhada, desfigurada, nem mesmo eu me reconheço. Tranqüilamente acabada. Nunca pensei que assim fosse ser. E tento guardar cada momento, cada sensação, cada arranhão pelo meu corpo, pra que eu nunca mais me esqueça que estive ali.
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O tempo está passando. Os carros correm pela rodovia, muitos deles tão mais velozes, tão mais bonitos, novos, com pilotos tão mais distraídos do que este que acabou com meus músculos e com minha vida. Eles me oferecem ajuda, perguntam se eu não quero ir pro hospital. Eles não entendem como posso estar radiante mesmo imóvel em meio a tanto ferro, tantos restos, tantas impossibilidades. Coitados - penso - nunca sentiram o solavanco repentino e inesperado lhes fisgar nas surpresas da vida, nunca foram imobilizados por um sorriso inesperado, nunca motivaram uma labareda de emoções e foram obrigados a mudar seus planos. Nunca tiveram seus corações querendo sair pela boca, suas razões perdidas nos lençóis de uma noite inesquecível. Nunca testemunharam o momento em que aço vira papel, nem tiveram a oportunidade de torcer para que o óleo encontre a faísca. Coitados. Não conseguem entender que o melhor da vida está no explodir, neste acidente gravíssimo que acabou de acontecer.
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Eles não entendem que o eu quero mesmo é que tudo exploda. E que seja luminosa, a explosão, que ecoe pelos quarteirões e faça tremer vidros, quebrar janelas. Que perturbe sonos e faça as pessoas irem pra rua pra ver o que aconteceu. Faça as pessoas querem acidentes como o meu.
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Eu não sou o piloto. Não sou o passageiro. Eu sou o pedestre.
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E tu? Tu é os escombros.
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Toda esta vontade repentina é este acidente. E é grave.
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(Sorte a nossa...)

domingo, 4 de maio de 2008

Poema de Sombra...

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POEMA DE SOMBRA
Se perdem gestos, cartas de amor, malas, parentes.
Se perdem vozes, cidades, países, amigos.
Romances perdidos, objetos perdidos, histórias se perdem.
Se perde o que fomos e o que queríamos ser.
Se perde o momento.
Mas não existe perda, existe MOVIMENTO.
(Bruna Lombardi)
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Estas palavras lindas são do filme 'O Signo da cidade'. Falar sobre este filme é falar sobre a vida, sabe? A história merece os elogios que vêm recebendo, porque tu pode não acreditar na capacidade dele no começo, mas logo te surpreende com uma visão doída, mas bonita, da vida. É verdadeiro. São pessoas tentando se acertar, são vidas tentando serem vividas da forma mais justa, afinal, não sabemos o que vêm depois, o presente é a nossa maior chance de fazer valer nossas vontades, sonhos e todo o resto que acreditamos. E deveríamos, mais do que qualquer coisa, acreditar na vida.
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E, durante o filme, é impossível tu não pensar que diabos tu está fazendo contigo mesmo. Refleti um monte e cheguei a uma conclusão: preciso de mais felicidade. Mas não de felicidade barata, esmolas de felicidade. A que eu quero é cheia de amor próprio e de entrega plena à parte que merece da vida. Então me reservei o dever de dizer não aos afobamentos, desesperos, dúvidas e sofrimentos sem sentido. Não a este monte de coisa que não leva a lugar nenhum. Estou me reinventando, e posso me dar ao luxo de assim fazer. Estou me recriando a cada dia, digerindo-me e tentando ser cada vez mais feliz. Porque é isto que eu quero: ser feliz para sempre, não importa o quanto este 'para sempre' seja relativo, mas que tente o fazer valer até o fim.
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Bom, o que interessa é que fiquei maravilhada com as palavras ali de cima. É exatamente como eu penso. Depois de muitos ciclos que vivi, e de muitas coisas que perdi, é assim que entendo tudo o que passei. Porque viver é isto aí mesmo. Por mais que a gente mude e nesta mudança se perca algo que nos parecia vital, na verdade, estamos apenas tentando fazer valer a nossa existência. É que quando dizemos sim pra vida não perdemos, apenas mudamos de estrada, trocamos algumas coordenadas e seguimos o caminho que nos parece mais encantador. O que deixamos cair vira lembrança que, em dias chuvosos e solitários como hoje, vêm à tona para nos fazer companhia junto com um belo copo de vinho e o CD de blues comprado no mês passado.
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Sobre os dias que virão....
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> Estou muito feliz pelos que chegam. Estou feliz porque, nesta semana, vou estar envolta pelas pessoas que eu mais amo. Time quase completo. E chego a ouvir, aqui do meu solitário computador, as risadas que estão por vir. Louca que chegue terça faço interurbanos, fico horas no telefone, como se isto fosse apressar o passar do tempo, para que eu possa ficar logo com as coisas mais preciosas que eu tenho. Que chegue logo a hora de afogar tudo que anda me fazendo mal nos braços e abraços de quem me faz sempre bem. De quem me quer bem, não importa se eu ruir comigo mesma.
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> Pois é, pessoas. Parece que tem alguém que está se movimentando. Parece que alguém está aprendendo com os passos mal dados. Até que enfim.
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Uns Beeeeijos a todos. E que tenhamos a sorte de, quem sabe um dia, nos encontrarmos nos acasos dos nossos movimentos...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

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Não é o fechar das cortinas,
Apenas o piscar dos olhos.
Não se deve esquecer o que passou,
como esquecemos do que sonhamos a noite.
Pesadelos?
Também.
Mas a realidade te permite escolhas...
e a gente pode sonhar cada vez mais longe.
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(Cristian de Eckert.)
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Bonitinho. Esperançoso. Mas o mais importante: escrito por um amigo, alguém que eu desejo toda felicidade do mundo!
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Uns beijos de feirado pra todo mundo!
Estampem sorrisos e causem sorrisos!
Só porque vale a pena sorrir pro mundo, só porque vale a pena ser feliz pra burro.
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Partiu agenda feriatícia. Partiu a caçada pelo acaso. Partiu idéias boas, loucas e vontades utópicas. Tudo na mala, eu tô indo. Vamos?????
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Então vem logo, ou deseje-me sorte.

sexta-feira, 25 de abril de 2008


{There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say, but you can learn how the play the game
It's easy...
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There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
It's easy...
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There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy...}
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> Esquece dor, esquece pressa, esquece tempo. Esquece buscar incessantemente algo. Esquece.
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> Esquece todos os amores vãos que já tiveste. Esquece as pistas falsas que freqüentaste. Os motivos pra desistir. Esquece compromissos inadiáveis, os horários regrados impostos pela vida, esquece monografia, provas e trabalhos. Esquece o além que vêm depois horizonte, as vontades, as dietas, os sonhos impossíveis, as mazelas vida. Esquece que tu um dia quis salvar mundos. O teu mundo, o meu mundo e todos os mundos que tu podes abraçar.
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> Esquece quem fomos, somos ou seremos. As coisas que queríamos antes de nos conhecermos. Esquece os verbos cojugados no singular, tudo o que chamamos de 'coisas', tudo o que é superficial nas nossas vidas, o que atrapalha a gente de continuar.
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> Esquece. E vem amar.
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> Pois, por mais que tu fujas, 'love is all you need'. Pra todos nós. E ponto final.
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> Uns beijos e bom findi. Amo a maioria de vocês.
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(A maioria, eu disse.)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A incrível vontade que dá de ouvir as mais belas e convenientes frases nunca ditas...

{E tudo que eu quero te dizer eu já cansei de escrever... Quero te ver enquanto não é dia...}
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> Nestas velhas ruas onde ora me aventuro, muito antes já perambulava. Contudo, meus olhos turvos não prestavam atenção no quê estava bem na minha frente, eu não conseguia vislumbrar a beleza contida em sorrisos inexistentes, olhos curiosos e poucas palavras. Eu não te conhecia.
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> Agora me arrisco a dizer que não sei mais ver as luzes noturnas sem pensar em te encontrar, meio que sem querer, meio que só pra te ver, meio que cheia de esperanças da gente pelo menos conversar. Nos acasos da noite da noite escura eu espero por ti; e nas esquinas em que cruzo tenho quase certeza que é na tua sombra que irei esbarrar.
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> Isto são apenas os efeitos colaterais do desejo de ter mais que a tua descuidada atenção. Na verdade, são os meus ouvidos pedindo por tua voz, meus olhos procurando por ti nas nuances da noite escura, sedentos por teu raro sorriso, esperando um convite para desbravar mares nunca antes conhecidos. Teus mares, minha nova expedição.
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Me deixa ir???
E se eu for, será retribuir??
E se eu quiser apenas te fazer, por uma noite, mais feliz??
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Então me diz, o quê eu devo te dizer???
O quê tu queres ouvir??
Eu te falarei tudo o quê teus ouvidos esperam de mim...
E meus gestos tortos, tu irá entender que são todos estrategicamente feitos pra você??
E sinais do corpo, será que tu sabes ler???
Se souberes farei de mim teu novo livro de cabeceira...
E não será só com o olhos que irei te devorar...
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Assim....
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> Mentira tem perna curta. As máscaras sempre caem. Pessoas más não vão pro céu. E aqui se faz, aqui se paga.
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> Então vai fazendo o teu lado aí, do jeito que mais te convier. O que é teu tá guardado, meu bem.
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> Enquanto isto fico aqui, medindo as palavras que digo pra que não descer ao mais baixo nível. Ao teu nível, eu acho.
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> Dia do beijo. Sem beijo. E choveu.
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> Uns beijos atrasados, pessoas.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Relatório de inquéito policial: Quando a De Cássia furtou o mercado do meu futuro marido...

{Qualquer semelhança é mera concidência...hehehehehe}
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Meritíssimo Juiz:

O presente Inquérito Policial versa sobre o crime de furto (art. 155 §1º do Código Penal), em que figura como indiciada DE CÁSSIA TONIOLO SANTOS, branca, brasileira, solteira, desempregada, com o RG nº 1212121212, filha de Gretchen Toniolo e de Silvio Santos, com 21 anos de idade, residente na Av. Capão da Canoa, nº 171, bairro Navegantes desta capital; tendo como vítima FFFFFFFF HHHHHH, branco, brasileiro, solteiro, comerciante, com RG sob n° 98765432, filho de Ana Botagofo e Luiz Inácio, residente e domiciliado na rua Votuporanga, 116, bairro Itapema. O fato ocorreu no dia 01 de março de 2008, aproximadamente às 23h e 15 minutos, na rua dos Desafortunados, nº 458, bairro Navegantes, nesta capital.

Segundo o apurado, a indiciada trabalhou como servente do açougue do estabelecimento furtado e havia recebido cópias das chaves durante o período em que foi funcionária do mesmo, que ainda não foram devolvidas. No decorrer do dia do infortúnio ela esteve rondando o local, ficando na porta até o horário de encerramento das atividades, momento em que não haveria ninguém mais no mercado.
Foram furtados: Um minisystem marca Sony, uma calculadora, um aparelho telefônico sem fio marca Intelbrás, uma televisão 29 polegadas marca Philco e uma quantia de aproximadamente R$800,00 (oitocentos reais), que estavam na gaveta do caixa. O prejuízo aproximado foi de R$4.600,00 (quatro mil e seiscentos reais).
Nesta Delegacia compareceu a vítima, que afirmou ter avisado a polícia várias vezes do movimento suspeito da indiciada durante a tarde anterior ao fato; disse também que a demitiu por furtar carnes e cigarros, que após seu noivado com a melhor amiga da indiciada esta o ameaçava diariamente e apresentou queixa por isto dias antes do ocorrido, conforme folhas em anexo. Esteve na Delegacia, ainda, a mãe da vítima, Sra. Ana Botafogo, que reside no andar superior do estabelecimento, dizendo não ter escutado barulhos à noite mas ter visto várias vezes durante o dia a Srta. De Cássia Toniolo nas redondezas de sua residência.
Em 06 de março do presente ano compareceu a indiciada, que confirmou que esteve durante o dia no mercado, quando foram entregues os bens acima relatados e a importância indicada a título de pagamento por valores em atraso do tempo em que trabalhava na empresa. Disse, também, que estava sendo ameaçada pelo Sr. FFFFFFFF HHHHHH, pois mantiveram um relacionamento secreto durante algum tempo e este não concordaria com o fim, se dirigindo ao local durante a noite para acertar algumas pendências pessoais, a pedido da própria vítima.
Esteve também na presente data nesta Delegacia o Sr. Alemão Junqueira, dono do Bar Esbórnia, localizado em frente ao mercado furtado. Este assegurou que a indiciada permaneceu em seu estabelecimento durante toda a tarde, saindo de lá por volta das 21 horas, consumindo uma quantidade excessiva de variadas bebidas alcoólicas, como habitualmente faz. Após ter se negado a continuar vendendo não a viu novamente naquela noite, retornando a encontra-la somente na manhã seguinte, quando ela retornou ao bar e gastou cerca de R$ 800,00 (oitocentos reais) em produtos ali vendidos.

Diante de todos os fatos indicio DE CÁSSIA TONIOLO SANTOS por infringir o artigo 155 §1º do Código Penal Brasileiro.

É o relatório.

Porto Alegre, 02 de abril de 2008.

Gabi Vianna
A futura delegada mais sinistra da cidade
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Opção pra quem pensou: 'Eu não entendi nada do que é isto aí em cima....'
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> Trabalho da facul. Eu que fiz esta obra literária que bate 'Dom Casmurro'. Genialidade toda minha em colocar a Ligi como ré. A melhor parte: filha da Gretchen... quem não entendeu precisa conhecer a Ligi pessoalmente, de costas de preferência!! huhuhuhuhuhuu
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> Mas amiga, não te preocupa, dia 28 de maio tu vai ser uma quase Oficial de Justiça, vai poder algemar alguém!! Bóóóó... aí sim, tu vai estar podendo!!
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> Uns beijos, pessoas! Até uma hora dessas em que eu poderei estar te acusando de algo... hahahahaha!!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Por te querer...

{E pra que palavras se eu não sei usá-las????
Cadê a palavra que traga você daquela calçada????
Você atravessou a rua na direção contrária...
Você na direção errada e eu na sua...
É como se a correnteza fosse parada...
E tudo, mais tudo, mais tudo fosse igual a nada....}
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> Sabe que às vezes a vontade de te persuadir e mudar o rumo das coisas é tão grande que eu tenho ganas de sair pela madrugada, correr até a tua casa e golpear a porta até ela se arrebentar toda. Te mostrar quem realmente sou e aonde pretendo chegar com estes meus joguinhos infantis pra chamar tua atenção. Na verdade, eu tenho vontade que tu perceba o quê escondo além desta casca que separa meu eu real daquele estrategicamente construído, que disfarça suas impressões para não se machucar quase sempre que te vê.
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> O eu superficial, aquele que fala besteiras, te faz rir, faz pose e vive descuidadamente na brincadeira gosta de mostrar o quanto não se importa com o fato de tudo a minha volta não ser bem como o desejado. Ele gosta de passar por ti e fazer de conta que tu é só mais um desses meninos que estão no meu caminho. E este é o eu que tu vês.
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> Já o eu real, que quer te dizer tudo que está engasgado pedindo pra sair, que nota cada ínfimo movimento vindo do teu corpo, se revolta a cada palavra que ouve sair da tua boca. Se encanta com cada frase descuidada tua. Mesmo cansado de te querer inexitosamente, ele segue cuidando teus gestos como se fossem códigos a serem desvendados. O que ele realmente deseja é poder te responder a altura. Ele quer ser para ti metade do que tu é pra ele.
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> Mas eles concordam em uma coisa: Ambos ficariam felizes em se apaixonar. Por outro.
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> Contudo, foram nos ínfimos erros do desejo que isto se tornou impossível. Numa coletânea deles, combinado com os acasos da vida. Agora, acorrentada a um monte de coisas que tu significa pra mim, eu me sinto tão frágil e fraca que mal posso tentar te esquecer. E no meu duelo interno, fico no meio do caminho, lidando com todas estas pessoas. Louca pra te fazer perder a cabeça, louca pra te esquecer na próxima esquina.
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> E é durante esta anarquia interna que o meu eu superficial sempre me convence de poupar minhas perguntas e fugir dos devaneios, devido a falta de respostas. Usa de suas artimanhas, diz ironicamente para eu ir até onde tu estiver e quebrar minha cara (mais uma vez). Ele ri da forma patética que tu existe pra mim. E é assim, me colocando como a pessoa mais ridícula do mundo, que ele me deixa ali, estática toda vez que tu surge pra me avassalar. E daqui, então, não saem meias-verdades. Daqui não sai é nada.
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> Sim. O que ouves são formas de me iludir e me convencer que tu nunca irá perceber que quem eu realmente quero é você.
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(...Eu só queria saber a palavra certa pra chamar tua atenção e trazer teu coração dos cantos perdidos desta cidade...)
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Tipo assim...
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> Parabéééns aos noivos! Que eles sejam muito felizes!! Que o amor e a felicidade deles continue não cabendo em suas vidas a ponto deles precisarem dividir com todos a sua volta, pois quando encontramos casais assim é que temos a certeza que 'o amor da tua vida' pode sim existir. E que duas pessoas podem e devem acreditar no bom e velho 'felizes para sempre', mesmo que este 'sempre' se renove a cada sincero 'eu te amo'.
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> Uns beijos pra todo mundo que me deixa assim, cheia de vontade de roubar pedaços seus pra mim.

quarta-feira, 26 de março de 2008

365 dias

Os pés continuam balançando antes de dormir...
A oscilação de humor persiste...
A rotina sendo a mesma...
As unhas das mãos seguem roídas...
E o quarto bagunçado ainda têm o edredom laranja como maior atrativo por lá...
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Na televisão os programas de sempre distraem...
O caminhos seguem os mesmos, pra chegar aos lugares costumeiros...
E a luz continua acesa quando a insônia domingueira chega pra avassalar....
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Os vícios persitem, e há tempos se tenta parar....
Sem sucesso e com as mesmas manias, mas enfim, todos temos coisas que gostariamos de evitar...
E a vida segue rodando como um filme, como se o diretor não pudesse descansar...
Mas meio que como sempre foi, seguindo um roteiro previsível...
Mesmo que todos os atores interpretem a sua maneira, nada parece mudar...
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E a gente segue aprendendo algumas coisas, ingorando tantas outras...
Tropeçando, mesmo de Havaianas...
Ignorando o passado, tentando se fazer mais presente...
Por demais imprudente, por demais inocente e acreditando mais do que se deveriamos nas pessoas....
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Pois é...
Eu sigo assim...
Meio que a de sempre, meio que a mesma coisa...
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Contudo não somos mais os mesmos a olhos alheios...

...olhos iguais aos teus...
...aos meus...
...olhos iguais aos nossos.
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Rodapé tipo 'eu-sei-o-quê-tu-fez-no-aniversário-passado':
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> Aii minha vida. Amo-te. Em todas as suas colorações, verbetes e surpresas.
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> Meus amigos??? Amo muito. Amo todos. E amo tanto...
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> O quê foi este feriado de Páscoa que incluiu mil comemorações de aniversário??? Uma estupidez. (Das excelentes.).... Ganhei vááários presentes, e agora vou me exibir um pouco com eles: cineminha, sapatos, roupitchas lindas que eu me dei, um monte de abraços, um monte de coisas de graça de gente que eu nunca vi na vida, um monte de scraps fofos (uns beeijos pra todos que lembraram!!!!) e um Green Card pra Terra do Nunca. Mas eu não sou a Wendy, o que torna apenas mais um lugar paradisíaco que eu pude visitar. E fim.
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> Mesmo assim, só posso dizer que é muito bom viver tudo isso. E conviver com estas utópicas e divertidas personalidades que crio pra me distrair.
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> Só guardo uma pontinha de ciúmes de todos aqueles que estiveram em lugares onde eu não pude estar. Mas queria.
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> Fica a certeza de que um dia estarei. Me aguarde.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Lista de presentes

> O que eu quero de aniversário??
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> Eu quero dar continuidade. Chega de turbilhões, de relâmpejos de qualquer coisa. Eu quero é ter intensidade em tudo que for viver. Intensidade para todos, para que a gente pare de fazer as coisas pela metade e comece a fazê-las de verdade, de corpo e alma. Por isto não mais direi meias-palavras, muito menos acreditarei em meias-verdades. Eu quero a verdade por inteiro, e que ela seja dolorida se tiver que ser, corte a carne se tiver que cortar, ou prazeirosa, ou como tiver de ser... mas que seja de verdade! Eu quero conhecer as pessoas por completo, ir além da casca e, em suas almas, encontrar as ferramentas para curar as feridas da minha. Para que isso aconteça, eu quero ir além das superfícies humanas e ver que há algo por detrás dos olhos, comprovar que o abraço não traz apenas calor. Eu quero tudo que eu já tenho, só que em quantidades maiores, mas muito maiores. Eu quero entrega plena. De todos. Em tudo que forem fazer.
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> Eu quero ter saúde pra realizar um monte de coisas, abrindo espaço para novos sonhos, maiores, realizáveis e inesquecíveis. Quero ter coragem de mandar (o que tiver de ser mandado) à merda, quero saber mais sobre mim mesma, aproveitar o que está aí pra ser aproveitado, dar a cara à tapa, cumprir com obrigações pendentes e ter fôlego pra novas surpresas. E eu quero muitas novas surpresas.
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> Quero conseguir ouvir mais do que palavras e arrancar sorrisos que contenham mais do que dentes e gengivas. Eu quero sorrisos nos olhos. Eu quero refletir em outros olhos o brilho dos meus. Quero que o choro seja mais do que simples murmúrio e que as risadas me tragam a paz que eu preciso. Em doses cavalares. Digo isso pois tenho certeza de que a alegria vai ser intensa, e a felicidade não caberá em mim, forçando-me a dividi-la com todos que fazem questão de viver ao meu redor.
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> E eu quero que o amor arrebate. Arrebate de verdade, avassale minha alma e me mostre que eu não entendo nada de amor. Amor por tudo que puder ser amado. E que seja forte, contagioso e incurável.
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> Eaí, será que é pedir demais???
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Rodapé:
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> Durante meus 23 anos muitas coisas boas e más aconteceram. Sonhos se realizaram, desejos foram satisfeitos. Outros surgiram, uns se foram. Alguns se frustraram e pesam sobre meus ombros. E eu fiz um tanto de tudo, vivi outro tanto e fui muito feliz. Só tenho a agradecer a todos que de alguma forma fizeram destes meus 23 anos algo bonito de se contar. Valeu por tudo, mesmo!
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> Então... Feliz aniversááário pra mim!!!! :D
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> E que venha o melhor ano da minha vida! E da sua também!
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> Uns beijos, pessoas! Comam chocolate por mim e comportem-se!!

quinta-feira, 20 de março de 2008

A verdadeira rainha

{ Ô mãe, o amor que eu tenho por você é seu...mãe, o amor que eu tenho por você é seu...como é seu o meu aniversário...}
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Dizem que peixes é o inferno astral de áries. E o que dizer quando a pessoa mais especial da tua vida é de peixes e tu é de áries?? Nada poderia dar mais errado neste mundo. No entanto, este amor que nos une faz qualquer previsão astrológica ficar pequeninha. Porque se alguém sabe amar neste mundo este alguém é ela. E ensina a todos, com muita propriedade. E é por tudo que ela significa, por todos os relampejos de lembranças que ela tornou significativo, que a chamo, com imenso prazer, de minha mãe.
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Durante esta vida louca em que aprendemos uns com os outros, eu conheci muita gente que me ensinou um bocado de coisas. Com muitas pessoas eu aprendi a ser grande. Com outras aprendi a construir, a sonhar, a querer sempre mais. Mas com ela eu aprendi as mais sábias e inesquecíveis lições, o fundamento de tudo que hoje sou. Aprendi, por exemplo, a aceitar as diferenças; a usar, na busca da felicidade, mais o coração do que a razão, mesmo que isto aparentemente possa dar errado; que amor de verdade não tem limites; que a vida é pra ser vivida e aproveitada e que temos que ter rebolado extra pra ser mulher hoje em dia. Porque ela é uma criança no corpo de um adulto, com muita classe e cheia de charme, e com ela eu aprendi que a gente só cresce se quisermos e quando é necessário, pois assim a vida vale mais a pena. Ela que foi minha mãe muitas vezes, mas minha filha em incontáveis momentos. Que me aceita como sou e me ama sem limites. Ela que faz manha, chora, ri, faz carinho, pede conselho, que é amiga, mulher fatal, misteriosa, mãe. Ela, que mesmo com seus erros continua o ser mais admirável da face da Terra, porque todos eles são a prova de que ela está apenas buscando a sua felicidade sem medo, dando a cara à tapa, usando toda a sua força pra tentar se achar e equilibrar tudo que ela quer com o quê as pessoas que ela ama esperam. Ela que topa qualquer parada pra gente estar juntas, nem que seja por alguns minutinhos. Mil em uma. Uma que vale por mil. Ela, a minha mãe.
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E não é só isto. O significado deste ser humano não pára por aqui, ou na mera definição 'Aureliana' de mãe. Foram incontáveis momentos felizes e tristes em que ela foi meu suporte. Nas horas mais complicadas ela esteve comigo. Nas horas que precisei de colo, de carinho, de remédio, foi pra ela que eu liguei. Mesmo quando quadras pareciam quilômetros, ela fez pequeno o universo de coisas supérfluas que coloquei pra nos separar. E é assim que a cada dia ela conquista um pouco mais a minha admiração, renovando os motivos para ser tão epsecial, se desdobrando para ver suas crias sendo felizes, não importando o que ela sonhou pra nós, mas sim o que entendemos ser o melhor. Para isto ela sempre usou de seus super poderes matriarcais, mesmo quando estava atropelada pela confusão de tentar entender este mundo. Sim, ela tem super poderes que transformam as pessoas na sua volta. E sim, por vezes ela tentou se encaixar nos padrões deste mundo, mas o que ela não entende é que isto é impossível, pois ela não é deste mundo. Ela é boa demais, incrível demais para ser deste mundo tão previsível, tão desinteressante perto das zilhões de facetas que ela têm. E é por isto quem a conhece nunca mais se esquece. Ela que é meiga, preguiçosa, curiosa, engraçadíssima, insana, brilhante, talentosa e especial. Genial, eu diria. Ela que nunca abandona quem a cativa. Ela que cativa todos a sua volta. Esta mulher única, a minha mãe.
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Só posso dizer hoje, quando era pra ser teu aniversário (mas a gente parou de comemorar lá nos 30, né mãe?? hehehehe) que sou muito grata e muito feliz por chamar esta mulher tão especial de MINHA MÃE. Por chamar ela de minha melhor amiga. Por ter alguém ao meu lado que me dá o ombro pra eu chorar, que me estende a mão quando eu tropeço, que tem uma bússola pra quando eu me perco, mesmo ela não sabendo usar direito esta tal bússola. Somos tão parecidas, mas tão diferentes. E, enquanto eu cresço e tento virar uma mulher responsável, a imagem dela grita aos meus olhos que nunca posso deixar a candura de lado, assim como ela fez. Sim, quando eu crescer quero ser igual a ela. Quero ser uma mulher com espírito de menina, que sabe ser séria nas horas exatas, e nas horas vagas vira uma moleca e sai por aí encantando todo mundo a sua volta. Quero ser uma mãe de verdade. E, sem nenhuma dúvida, quero ser a melhor mãe do mundo, assim como é a minha mãe.
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Saber que nada vai mudar entre nós, não importa o que aconteça, me faz encher os pulmões de coragem e me lançar ao horizonte, sem medo de errar ou de ter que voltar a estaca zero. Pois ter um suporte como tu, mãe, me faz sentir que sou capaz de ir até onde meus sonhos mais utópicos se arriscam a caminhar. Te ter como companheira pra esta viagem louca que é a vida só me motiva a me arriscar cada vez mais, independente do que virá. E por significar tanto pra mim, a ponto de não conseguir parar de escrever sobre ti, tu já é um sucesso. Por despertar nas pessoas milhares de sentimentos tão bons é que me torna uma previlegiada por ser tua filha. Te amo infinitamente e pode ter certeza que este amor é só teu e de mais ninguém. Feliz aniversário, mamis, que tudo nesta vida continue sendo motivos de festa, de filminho e porcarias. Te amo infinitamente como não amo mais ninguém neste mundo, e isto já diz tudo, não acha??
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Mamis... tu sabe que lá no céu, quando a Xuxa pediu pra ser minha mãe, eu preferi tu né??? E pode ter certeza, eu nunca me arrependi desta minha decisão celestial... obrigada por todos os momentos em que tu tirou de ti pra me proporcionar algo, muito obrigada por muitas vezes me ver chorar e segurar teu choro, tentando ser forte, muito obrigada por comemorar comigo, mesmo não sabendo se era mesmo comemorável o fato... pelos sacrifícios, pelas alegrias, as piadas, os carinhos, tudo.. muito obrigada por ser esta incrível mulher que me é exemplo, referência pra todos que te conhecem... muito obrigada por ser a minha mãe!