quarta-feira, 28 de maio de 2008

Lembranças

{Só queria que você soubesse que
tudo aquilo que aprendeu comigo não vai ser fácil de encontrar nos livros
e em outros corpos sem direção...
E não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim
Quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui...}
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> E a cada novo beijo, a cada novo abraço, a cada palavra, olhar trocado, e a cada carinho que eu tinha guardado para aquele exato momento, eu ignorava cada vez mais todos os medos e inseguranças que normalmente nos fazem frear diante das surpresas inesperadas da vida. Eu só conseguia querer que o mundo parasse com a sua dinâmica rotação na fração de tempo em que o passado toca o futuro, esquecendo todo o resto, desde o que já passou até a incerteza do que está por vir. Sim, eu só queria que o universo congelasse naqueles segundos, assim como parou meu coração. É que ali, na inexistente ilusão do presente, meus olhos ganhavam cores mais vibrantes e minha boca mais motivos para sorrir, e eu queria nunca mais ter que partir.
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> Isto eu acho que se chama felicidade.
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> E ela estava em quem ali éramos, em quem estavamos sendo um para o outro, e não no que poderiamos vir a ser ou o que fomos há algum tempo atrás. Estavamos entregues, meus olhos brilhavam, e a cada segundo que passava este brilho era mais intenso, reluzindo ainda mais a cada nova olhada.
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> Isto eu não sei bem como se chama, mas pretendo que não pare por aqui.
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> Neste exato momento, onde as palavras eram fáceis, onde nossos corpos tinham um encaixe peculiar, onde o silêncio nos convidava a sonhar; as cidades pareciam ficar cada vez mais próximas e as dúvidas pareciam inexistentes.
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> E ali, em meio a coisas que eu nunca saberei ao certo como chamar, eu decidi fazer de pontes aéreas as minhas estradas.
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> Então eu apenas sorria, porque já era quase dia e tinhamos que acordar cedo.
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Rodapé?
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* A minha vida acabou ganhando páginas mais coloridas, escritas a várias mãos, com lindas frases que pretendo não esquecer. Assim é o que guardo dos meus dias no Rio. E tenho que agradecer imensamente aos co-autores destas memórias. Então, primeiramente... Nídia e Miguel: vocês são maravilhosos, são pessoas que tenho a honra de conviver, e é impossível querer seguir sem vocês. Amo demais, obrigada pela recepção, pelos carinhos, palavras, conselhos, preocupação, companhia, amor, passeios, risadas. Enfim, por tudo que vocês me proporcionaram. E ao Syllas: obrigada por toooooodo o resto.
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* Se coubesse em palavras, eu diria com todas as letras...
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* Mas a verdade é que não cabe. Impossível precisar do que se trata. Contudo, existem coisas que não sabemos definir, não sabemos o quê fazer com elas, não sabemos de onde vieram e pra onde vão. Sabemos que provavelmente poderão dar errado, ou não. Queremos explicar, mas simplesmente não cabem em meras palavras.
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* E eu, na minha irritante mania de verbalizar meus pareceres das coisas mundanas, acabo por perder todos os verbos, conjunções, adjetivos e abvérbios... e apenas continuo a contar o passar dos dias.
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* Bjos pra todos os motivos....

Um comentário:

Anna Soares disse...

Ahhh !!!
Felicidade é uma palavra bonita... e é muita coisa numa coisa só.