terça-feira, 8 de novembro de 2011

Engraçado é que quando eu PRECISO de criatividade ela nunca vem. Quando eu quero escrever algo importante as palavras me faltam. Vai ver é porque eu não acredito o suficiente para gastar meus caracteres com alguma coisa sem sentido. Mas eu queria....
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Acho que é porque as pessoas intensas só sabem se dedicar a algo quando algo realmente lhes interessa, pois empregam todas as suas forças para que aquilo se torne real e eterno. Quando foge do seu centro de atenção a coisa fica, assim digamos, turva. E o que não reluz como o fogo não tem a capacidade de magnetizar um ariano, não é? Por isto só me seduz o que queima, o que arde, o que deixa meus olhos hipnotizados, o que, para mim, parece tão claro como um Sol da manhã de primavera. O resto é um grande entorno daquilo que prende minha atenção. E tudo que está na volta não é tanto para ser um dia o meu fogo, que sempre arde.
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Maldita falta de criatividade que me foge. Maldita falta de crença que me toma. Triste com a total percepção da realidade que me incapacita de ser apenas uma criadora, me jogando para vida real de ser só mais uma, e fim.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Gabrielices

“Existem vários jeitos de entender o mundo.

Ela tentava explicar de um jeito que ele ficasse mais bonito."

(Adriana Falcão)

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Eu ando perdida por mundos, desassossegada. Sempre pronta pra sair da monotonia diária e balançar as mesmices, pois estou sempre cansada das mesmices. É difícil me pegar de mau-humor, é muito fácil me deixar com sorrisos de orelha a orelha (com perfeitas companhias e em perfeitas situações, não há pessoa mais feliz). Mas eu sofro. Sofro sim. Contudo, é uma coisa que evito. Evito as situações que me levem ao sofrimento. Quando vejo que vai começar a choradeira por causa de qualquer coisa, finjo que não sinto ou entro num DR pessoal até chegar a conclusão que esse tal sofrimento é algo totalmente desnecessário. Quando vejo que nada será capaz de evitar tal sofrimento, ando na contramão mesmo e me entrego pra sentir de verdade (como se a dor viesse pra cortar a carne). Porque realmente acredito que o sofrimento enobrece (mas só quando bem sentido e por motivos que realmente mereçam este sofrimento) e que quando o mundo vem cinza é pra gente colorir com nossas canetinhas sentimentais ou de futilidades da forma que der vontade.


Tenho dificuldade de ser otária. Mas também tenho dificuldade de ser abandonada. Maior abandonada, pra mim, só na música do Cazuza. Eu quero junção. É disso que eu gosto. Pra isso meu DNA se presta. Pra somar pessoas, pra sair por aí adicionando mentes insanas a minha vida. E construo pra mim com tantas insanidades uma estória bem particular.


Sou descuidada a ponto de ignorar a ignorância. De fingir reciprocidade onde não têm. De ser rebelde a qualquer sinal de (in)disciplina. Talvez isso seja só pra me dar ao luxo de seguir vivendo, desviando da possibilidade de enfrentar meu medo de solidão (o pior e mais solitário medo que conheço...porque medos tenho poucos). Eu não sei ser só. Por isso carrego comigo a minha melhor amiga: eu mesma. E me amo. E me beijo. e me desejo tudo que há de bom neste mundo, mesmo quando me olho no espelho e não reconheço a mulher que está do outro lado.


Falo que amo porque realmente amo. Amo muita coisa e muita gente. Amo mesmo. Se tem coisa que sei fazer bem é ser passional, amar tudo que me cativa (alguns seres não entendem o porquê de tanto amor, mas pra quê querer saber se é apenas bom sentir?). Mas tem o outro lado da moeda (como tudo na vida). Odeio quase ninguém. Mas tendo a, quando não amo, sentir nada. Recolho cada um a sua insignificância no meu mundinho (bem egoísta, eu sei). Tenho uma tese que isto é do homem. O interesse, o egoísmo que ele coloca em tudo que quer. Eu acredito piamente que o homem só age em causa própria, ou seja, o homem só é o que é e só vive por puro egoísmo. E sigo a risca esta tese. Sou egoísta e quero só pra mim o que amo (sim, sou carente 24 horas dos afetados pelos meus afetos).


Ah, tenho manias. Muitas. Sou bem maniática. Mania de intensidade, de estudar, de desapego material, de desejos, de ler letras de músicas, de estar sempre criando uma moda, de escrever, de querer aventuras, de roer unha (esta tô parando...tá linda já minha mãozinha!!)... mas minhas manias são minha sorte e meu carma, alternadamente.


Aonde quero chegar com tudo isto? Ao meu quarto no verão, à França, ao parque com mate, a festa do final de semana, a um banquete sem culpa, aos teus braços, a um banquete de ti (posso? deixa eu me servir de tuas más intenções?? Porque as minhas são muito boazinhas, precisam de um contrapeso. Do peso de ser tua, e nada mais).


Enfim, quero vida pra ser vivida. E depois contada. Só isso. Afinal, nada mais lindo que uma poesia versando sobre desejos, destino e um pouco de sorte, não é?

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{Eu há uns 3 ou 5 anos atrás.}

domingo, 11 de setembro de 2011

Por favor, me deixa esquecer de quão loucos somos a ponto de acreditarmos em alguma possibilidade. Me deixa esquecer das nossas longas horas, e dos cheiros, das cores e dos gostos. Não me faça pesar na conscinecia eu estar com outro alguém, tentando colocar alguém sobre a tua existência. Me deixa comprovar que nada é tão inesquecível e fundamental a ponto de ser único. Me deixa tentar encontrar outros iguais a ti, perdidos pelo mundo, a minha espera. Não me cobre presença, exclusividade, quando tudo que sabes me dar são pedaços teus que não se encaixam, justamente pra eu nunca te ter por inteiro.

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Me deixa tentar ser feliz.

domingo, 4 de setembro de 2011

Carol Teixeira (para ler e aprender como é que se escreve e se reflete a vida)

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E é muito louco isso, de um dia estar dividindo a vida com alguém (e estar SE dividindo, pois é isso que o amor faz com as pessoas) e no outro não estar. A noção do EU vai se delineando novamente aos poucos, como se uma carga fosse embora e a gente fosse recarregado com uma espécie diferente de energia. A energia da individualidade.

Uma separação traz consigo a descrença na eternidade – e isso, ao contrário do que as pessoas pensam, não é ruim. Para mim pelo menos isso veio como uma visão realista e doce da fragilidade dos nossos conceitos, idealizações, da fragilidade da nossa humanidade. Somos falíveis, humanos demasiadamente humanos. E isso é bonito. É a vida com seus ciclos, com as várias eternidades que vamos criando ao longo dela. Porque se A Eternidade não existe, existem vários momentos “eternos” que se afirmam por meio da INTENSIDADE. Acho que a intensidade tem o poder de eternizar coisas.
E eu, intensa que sou, já vivi muitas eternidades.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Roll away your stone

{The darkness is a harsh term don't you think?
And yet it dominates the things I see}

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rascunhos da dependência

Tu acha justo que eu me sinta atada em ti o tempo todo? Que tu e eu saibamos o quão prejudicial é a nossa relação doentia e tu não me dê a mínima chance de me livrar disto? Tu acha justo que a minha vida esteja tão atrelada a tua que sem ti eu não consiga viver, mesmo tu sendo o meu maior câncer? Eu te amo e te odeio. Eu te quero perto e a um milhão de quilômetros. Quero te ver e sair correndo, mas conto as horas pra te reencontrar.
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Sim, é assim mesmo que andamos funcionando ultimamente. Hoje, por exemplo, depois de horas contigo, tive que voltar correndo (literalmente!) pra casa numa tentativa idiota de extravasar a agonia que me deixaste ao me negar o mínimo de cordialidade que poderia ter. Sim, poruqe eu sou tudo que tu espera de mim, dentro do que me é possível ser... Mas tu prefere me ignorar. E vejo que todos a tua volta brilham, reluzem, menos eu. Eu sou uma lacuna que tu prefere deixar vazia. Eu sou o teu câncer. E tu, certamente, é o meu.
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E eu cheguei em casa e fiquei o dia todo procurando outros braços pra poder te esquecer. Eu busquei em cada rosto que aqui vi uma possibilidade de te deixar. Mas não, eu não consegui. Então comecei, inconscientemente, a contar as horas pra te ver. A lembrar todo o mal que tu me faz. Eu não sei se é TPM ou uma questão de amor&ódio, mas é algo que não me satisfaz e eu precise que tu me deixe partir, me ajude a me livrar de ti. Me deixa?
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A minha vontade é gritar pra quem chega que corram, pois tu reluz e não é ouro, tu seduz mas não ama, tu vicia mas não cura. Tu mata, e aos poucos. Tu dói nas minhas entranhas, maldita dependência mundana.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eu não quero parar de amar. Eu nunca quis parar de amar. Eu gosto do amor, de sentir o amor e de me sentir amada, eu gosto da dor que dá amar sem medidas. Eu gosto do amor de homem, amor de mãe, amor de irmão, amor de amigo, amor de semelhantes, amor canino, amor de pai, amor de tios, amor de outras vidas... Eu gosto de saber que, mesmo sem dizer uma palavra, tem alguém que neste momento está pensando em mim, me mandando vibrações positivas, torcendo pela minha felicidade. E eu sei que existe, que não estou só neste meu mundo de amor e de crença nos seres vivos.
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Amar, gostar, acreditar e viver- e não necessariamente nesta mesma ordem.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sonhos e vertigens

{Nunca diga não pra mim
eu não vou poder trabalhar, conversar, descansar sem o teu sim
seja sempre assim
por favor me dê um sinal, um cartão postal, um aval dizendo assim:
'não, não é o fim, dure o tempo que você gostar de mim
entre o não e o sim, só me deixe quando o lado bom for menor do que o ruim' }



Foram incontáveis os sonhos que construí, ao ponto de se tornar fácil eu me enredar em alguns e dali não consegui me mexer. E como areia movediça, eu por diversas vezes me afundei neles; e como areia ao vento, sonhos e sonhos se foram, ficando imposível acompanhá-los, pois como o vento, ligeiro, a vida real não tinha nenhuma piedade em me afastar deles, que foram meus companheiros noites e noites de insônia dominical, aqueles que encheram a minha mente de vontades, mesmo quando tudo a minha volta se resumia em caos e autopiedade.
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E de todos os sonhos que sonhei serem reais aos meus vinte e tantos anos, poucos são verdades. A maioria se tornou lama em meio as minhas lágrimas reais e minhas decepções pessoais. Outros eu fiz questão de fingir que nunca existiram, vista a grande improbabilidade de deixarem de ser assim, uma viagem interna que eu nunca desisti de fazer.
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Mas muitos por si só sempre me soaram apenas como sonhos, e assim eu sempre quis que fossem. Vontades que contruí dentro da mente, e não sei bem por qual motivo estes têm mais improbabilidade que todas as outras 'pseudopropostas' do universo de se tornarem reais. Sonhos. Algumas, bobagens. Outras, nem tão bobas e nem tão desnecessárias a ponto de não serem reais, mas sonhos. E ponto.
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E os sonhos que não foram, hoje moram num imenso vazio lacrado que procuro não rever. No mesmo lugar onde guardo decepções e sensações que pretendo esquecer. Mas lá, no escuro do escuro, por vezes uma fina luz semi reluzente bate. É quando percebo que a maioria deles estão um pouco fora do que considero minhas vontades atuais, e que não importa a minha coleção de pequenos sonhos nesta imensa escuridão, pois nenhum deles é tão perfeito quanto ter um pouco de mim em ti, juntos, num lugar só nosso.
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Aí que eu vejo que todos os desejos, sonhos, vontades, pensamentos, interjeições, decepções e o que mais que possa ter acontecido neste canto da cidade, enquanto tu aqui ainda não era real, me levaram a te conhecer, entrar no teu carro, te embebedar de ti, te conquistar e te ter.
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Então que percebo que realizei o meu maior sonho: O que pretendo jamais esquecer.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Canção pra não voltar

Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Não volte pro mundo onde você não existe
Não volte mais
Não olhe pra trás
Mas não se esqueça de mim não
Não me lembre que o sol nasce no leste e no oeste morre depois
O que acontece é triste demais
Pra quem não sabe viver pra quem não sabe amar

Não volte pra casa meu amor que a casa é triste
Desde que você partiu aqui nada existe
Então não adianta voltar
Acabou o seu tempo acabou o seu mar acabou seu dia
Acabou, acabou

Não volte pra casa meu amor que aqui é triste
Vá voar com o vento que só lá você existe
Não esqueça que não sei mais nada
Nada de você
Não me espere porque eu não volto logo
Não nade porque eu me afogo
Não voe porque eu caio do ar
Não sei flutuar nas nuvens como você
Você não vai entender
Que eu não sei voar




...Eu não sei mais nada...




(Leo Fressato)







http://www.youtube.com/watch?v=kTS64qgHuIo&feature=relmfu

sábado, 2 de julho de 2011

Ironias da vida


{O tempo era o meu amigo prometeu o teu amor, que não chegou, o teu amor...Fim da estrada, finda o tempo, com coragem eu sigo a luz que te guiou, pra onde eu vou... Não é tão fácil entender, quando ao silêncio você se entregar... Saudade invade o peito e rouba o verso que eu guardei pra você... O tempo era o meu amigo, prometeu o teu amor, que não chegou, o teu amor. Que não chegou, o meu amor por você...}



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Inverno ou verão? Fez-se a outono




Praça ou jardim? Fez-se concreto




Dor ou riso? Fez-se silêncio




Amor ou amigo? Fez-se inexistente.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pêndulo

> O pior de tudo?
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> O pior é que a gente sempre se considera imune, preparada, madura o suficiente mas com o tempo descobrimos que não é bem assim. Somos ridiculamente infantis e lúdicas a ponto de não sermos essencialmente descuidadas e avoadas para sobrevier a certos 'baques emocionais'. Nos prendemos aos mínimos detalhes e deixamos de aproveitar o essencial e verdadeiro por mais que isto dure minutos, horas ou dias.
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> São esses pensamentos tipicamente femininos que nos fazem sempre desconfiar, brecar, questionar e dramatizar. É este sentimento latente de querer ser "A" exceção a regra. Mas a regra é clara: é sim ou não, e não há nenhuma brecha que nos inclua fora desta.
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> O melhor de tudo?
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> Sempre está por vir.
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Beijos pro José Nero, meu fiel seguidor, que sempre me visita aqui no blog pra ler meus escritos. Um ser humano exemplo, um ser especial. Meu pai!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

(Fernanda Young)

Nunca dormiremos juntos, talvez como Tristão e Isolda, como Romeu e Julieta.

Somos arquetípicos, ridículos, etéreos e nunca comuns.

Comuns são os casais,nós não somos nada.

Entretanto; belos e eternos - nada.

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Dores do Amor Romântico.

domingo, 12 de junho de 2011

Por amor

{Movido apenas por amor vou em frente
E é sempre, apenas, por amor que eu reduzo
Às vezes certo, as vezes meio confuso
Mas sempre forte, sempre, sempre mais quente}



(Ira!)





Não desista de amar. Não desista do amor. Hoje é só um dia, e você tem a vida toda pela frente. .

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Pra mim hoje é só uma data comercial. Porque o dia do meu namorado são todos.
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(Ame, ame loucamente, e não deixe de ser apaixonado pelo amor, assim como eu sou.)

E quem um dia irá dizer que não existe razão...

http://www.youtube.com/watch?v=Vjo48-_WY64


Feliz dia dos namorados.


(A minha versão do blog não permite que eu abra o videozinho aqui e fique bonitinho... )

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Bla bla blá

> Incrível é como algumas pessoas tem o dom de me fazer pensar o quão ridícula sou, usando algumas palavras apenas. E como é incrível a forma que estas pessoas transformam o que eu sinto em coisas patéticas.
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> Pois então a ridícula vai ali, ridiculamente fazer coisas patéticas que te tornem um passado bem distante.
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> E quando tu te der conta, a ridícula vai estar pateticamente feliz com outra pessoa ridícula que queira ser patética com ela, de uma forma super ridícula, de dar inveja em qualquer ser, por mais patético que possa parecer toda essa ladainha.
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(Ridículo é tu. E só tu que ainda não percebeu, seu patético.)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Ciranda

A ciranda girou, girou. Girou o mais rápido que pode, e não saímos do mesmo lugar.
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Mas nós não somos mais os mesmos.
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Nós sequer somos.
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Somos dois estranhos numa ciranda que não parou de girar, e não parará tão cedo. Imutável ciranda.

domingo, 29 de maio de 2011

Blog de acessório e moda

Pessoal,

Minha cunhada Nídia, que já inspirou até texto neste blog, está lançando seu blog das bijus maravilhosas que ela produz...


http://nsdesigndebijuterias.blogspot.com/


Não deixem de conferir pois vale a pena!
Beijos!!!!!!!!!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Oração

meu amor
essa é a ultima oração
pra salvar seu coração
coração não é tão simples quanto pensa
nele cabe o que não cabe na dispensa
cabe o meu amor...
...cabem 3 vidas inteiras
cabe uma pentiadeira
cabe nós 2...
...cabe até o meu amor....

(Leo Fressato)


O vídeo é impagável. O vídeo mais emocionante dos últimos tempos. Não consigo descrever o orgulho de ver pessoas da nossa gerãção fazendo coisas tão bonitas e puras.




( http://www.youtube.com/watch?v=QW0i1U4u0KE )

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Verborragia resultante da paixão inflamante e cortante e do não corresponder-se à altura

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{Ai, ai
Vai ver é só você
Ai, ai
Vai ver é só você querer}

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Sabe estas tuas tentativas de nos manter sempre perto para que não nos percamos entre os mundos que nos separam, estas tuas idas e vindas que rasgam minha alma, partindo bem ao meio a minha existência e as minhas vontades, as tuas reais intenções que rasgam meus sentimentos tão fortes e reais; e todas estas tuas prentenções de não perder a oportunidade, como se isto que vivemos fosse apenas mais uma chance que tu tens de ter contato com o mundo real, quando precisas desesperadamente viver de sonhos... entendes o que eu te digo?? Essa mania inexplicável que tens de vir, me encantar, me atrapapalhar, me falar de outras, me jogar na lama, pisar sobre mim quando te vais, dizendo o quão tu não queres te envolver enquanto me abraças e me afundas no cárcere de viver acorrentada a ti, minha vontade, meu encanto. Sabe?? Tu entende?? E esse maldito vício que eu tenho de sentir teu cheiro de perfume barato e achar chique, e achar lindo teu jeito torto, tuas manias particulares e estranhas, de me comover com essa tua crisezinha existencial barata de o quê fazer com estes quase trinta anos.. E tu não percebes que me vicias. Vem e me arrebata. Cruelmente.


E tu te vais. Parte pro mundo, com a tua mochila poída, e enche dela de coisas que me escondes e não permites que eu abra. Tu anda em ruas por mim desconhecidas, e te vais com as ganas de quem quer encher o corpo de novas cores, líquidos e formas. Com a sede de ressaca tu anda por lugares que provavelmente nunca andarei. Tu vais.



E sempre voltas. E novamente me encantas. E novamente me propõe. E novamente me conduz. E me fala delas. E me joga na lama. E me pisa. E me destrói. E me faz ver o quão viciada eu sou nos teus pedaços, nos teus pecados, no teu beijo, mesmo quando dele não provo. E me faz entender que a espera por ti nunca será diferente deste ciclo que eu ainda aceito e me deixo viver. E me derrota com as tuas armas e te protege com teus escudos, num jogo onde as regras mudam conforme te convêm. E eu sigo jogando. Sigo sangrando da tua espada, pois não carrego, como tu, armaduras. Sigo asteando a minha, tentando, em algum momento, pelo menos te fazer tremer com os meus golpes. Com as minhas frases de efeito. Tentando, num tiro de misericórdia, te atingir com a minha aparente falta de querer, que lá no fundo, lá onde só nós dois podemos enxergar, sabe-se claramente que se trata de uma camuflagem para a total dependência que criei de ti. E eu sigo jogando. Te querendo. Sigo esperando que, em algum momento, isso não passe de um devaneio unilateral sem sentido, e possamos existir em igual frequência para ambos. Quando, provavelmente, terei uma armadura tão impenetrável quanto a tua, ou então terás te despido de todas as tuas, me deixando penetrar nas tuas entranhas e na tua vida. Ou, pelo menos, te ferir com as minhas frases de efeito, que eu berro, grito aos quatro ventos, e tu finge não ser o destinatário destas. Como se fossem apenas parte do som do ambiente, apesar de ensurdecerem os demais espectadores. E eu sigo berrando. Até que emudeça e ensurdeça com as minhas ilusões.


Eu sei que ficarei surda. Ficarei muda. E para ti sei que serei apenas mais uma muda que berra teu nome.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conclusões de outono

Tem que ter muita coragem pra viver, errar, cair, levantar e seguir vivendo.
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É preciso um pouco mais do que a "fé que move montanhas" pra perdê-la e seguir tentando até encontrar motivos pra acreditar novamente.
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É preciso querer muito viver para achar, pensar que encontrou e se decepcionar, morrer de dor de amor, ressucitar e seguir procurando algo bem parecido com o erro que te matou.
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Eu achei que tinha morrido, errei, sobrevivi e perdi. Mas segui andando. E ali, depois da curva, encontrei um motivo pra não me arrepender em nada destas minhas intensidades emocionais, desse meu jeito meio louco de querer viver profundamente de amor e de carinhos, porque assumidamente eu sou um bicho carente que precisa vitalmente viver com muito amor e entregue aos outros seres sem que isto me faça patética ou alheia ao meu amor próprio. E foi assim, ignorando tudo que me levaria a parar de procurar, que acabei encontrando a resposta as minhas perguntas, o sossego da inquietude que pairava em mim.
E é esta coisa nossa de cada dia que me faz mais forte para sair pela porta e viver neste mundo tão cruel, onde as pessoas confundem o egoísmo com a individualidade, confundem oportunidade com ambição. Onde as pessoas não entendem a profundidade de um sentimento, e acham que ser completo por outra pessoa é esquecer quem somos. Engano. Viver com outra pessoa nos aprimora, faz com que entendamos que o nosso indivíduo pode ser lapidado pelo outro ser, é abrir mão dos nossos defeitos e dos nossos limites para nos tornarmos um ser melhor através do amor, e não da pseudo-avaliação que nebulosamente fazemos de nós mesmos.
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Estou adorando.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Clarice

Você pensa que nunca vai esquecer, e esquece. Você pensa que essa dor nunca vai passar, mas passa. Você pensa que tudo é eterno, mas não é.
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E seguimos vivendo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Sem títulos, nem rótulos

{ ... o que eu digo é muito exato é o que cabe na canção ...}
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Sim, ando ausente. Ocupada comemorando todos os dias a incrível capacidade de amar e me deixar ser amada, ainda que não na mesma intensidade, ainda que com defeitos e imperfeições, ainda que por vezes longe e outras perto, ainda sem saber aonde tudo isso nos levará, acompanhado de um suspense-comédia-drama diário que sempre nos cai tão bem, esperando sempre um sabe-se-lá-o-quê, independente do objeto de desejo se sentir tão completo, assustado, amado... esse amar é meu e ninguém tasca! Sim, comemoro o fato de ter alguém que eu posso chamar de meu... e a minha alegria se resume em ter esse alguém dentro do peito, ali do lado esquerdo, poder penetrar no brilho daqueles olhos e me sentir acolhida lá dentro, no pedaço dele que fiz meu... e comemoro, acima de qualquer coisa, ser a ele que dedico meus suspiros e sonhos, ainda que grande parte deles sonhemos ambos acordados, embolados, em conversas banais.
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Comemoro que eu amo! Simples assim!