domingo, 28 de outubro de 2007

Ironias da vida

> Eu disse que eu voltava pra contar. Pois bem, cá estou. E não foi nada Tarantino. Totalmente Woodyaliano. Sexta coincidências me levaram em pensamentos aonde não queria ir. Mas, principalmente sábado, Allen choraria aos meus pés (e aos da Júlia!), quando as neuroses do dia-a-dia nos permearam e não deixaram ser apenas um sábado a mais.
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> E ali, entregue à reflexões coletivas dos últimos acontecimentos, percebi um monte de coisas. Eu me dei conta que a gente não sabe conduzir nem pode prever tudo. E que, muito provavelmente, nem temos tal poder.
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> Assim surgiu uma tentativa de explicação para o que nem deveria ser explicado. Mas, mesmo não devendo ter tamanha dimensão, aquilo estava incomodando minhas convicções a ponto de me fazer buscar sua exemplificação e tentar responder seus porquês. Então, naquele guardanapo amassado em cima da mesa, lembrei de um belo e misterioso livro. Na estante, intocado. Ele está lá há anos, e eu nunca o abri.
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> Foi quando o Presidente do Universo colocou-o na minha frente, me obrigando a lê-lo. Em meio a frases que por ora eram desisteressantes e por outras tão fascinantes... supresa! Não se tratava penas de um livro enfadonho rotulável, mais um livro pra prateleira ficar bonita. Era (ou poderia ser) 'O' livro. Talvez aquele que eu sempre quis ler, durante todo este tempo em que eu comprei incessantemente livros pra colorir minha estante. Eu li vários destes. Outros sequer abri. Como este que me obrigavam outrora a ler e que agora eu já não conseguia mais parar.
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> Lá, em meio a interessantes capítulos, me arrependi de nunca tê-lo aberto. Nesta hora o Presidente diz ironicamente, só para ver retumbar em meio ao meu caos interno suas palavras marcantes: "Tu gostou, é? É um livro como este que tu sempre quis ler, não é? E as letras, repare nas letras. Cada detalhe. Cada vírgula. Cada cor em cada palavra. Delicia-te. Degusta um pouco dele, vai. E tenta usar tuas canetinhas coloridas para demarcar o que mais te interessa. Que baita livro, hein, Dona Petite!"
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> É. Baita livro. Perfeito para colorir e deixar na capa meu nome estampado. E o pior de tudo, não quero outro, quero apenas ler e reler este aí. E quero muito o tirar da estante e o deixar na minha cabeceira.
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> Quando menos espero, mais que rapidamente o Presidente o fecha na minha cara, com toda força que ele poderia usar naquele momento, fazendo um barulho inesquecível, de um jeito que fico me perguntando porque comigo,e de novo.
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> "É, este livro têm tudo que tu sempre esperou ver em uma obra de arte. Mas não é pra ti. Tu não vai colocar uma obra destas na tua cabeceira. Não uma obra deste porte. SE FERROU! hahahahaha"
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> Sim, o Presidente do Universo tem um humor peculiar. E ele faz de nós sua maior piada. Ainda ouso dizer que devo ser daquelas personagens preferidas, tipo a loira nas piadas de loira, tipo o Joãzinho nas piadas do gurizinho na aula, tipo o portuga burro nas piadas de português burro. Devo ser eu aquela patinha que sempre cai.
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> O que pensar??? O quê dizer?? Façam-me um favor: Matem-me, pessoas. Pois só consigo, como um mantra, tentar me convencer em pensamentos nada cativantes: C´est la vie, petite, c´est la vie.
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> Pois é, senhor Presidente. Sejamos francos: Já está sem graça piadas com a Petite, vamos mudar o personagem pra eu poder rir junto...
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(O mais irônico de tudo: Ouvi críticas sobre o livro, mas da boca que saiu só me convenceu o quão mais perfeita do que eu percebia era a obra.)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Devaneios coletivos


"Andrey says:
Ó, se tu ficar com medo das coisas que tu faz, então não faz, beleza???
Gabi says:
Como assim??? Um conselho com base no teu dia ou uma visão mundana sobre o modo gabrielístico de tratar as coisas? (já amei! ehauehuahueuahueh)
Andrey says:
ehaiauehaie... era pra ti, pelo teu bem.... tô falando pra tu não ter medo do que tu faz, escreve, pensa, tudo... até porque alguém um dia vai gosta de tudo que tu fala..."
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Bãi!
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Rodapé:
> Coisa misteriosa e mágica que é uma amizade, saber o que te dizer na hora certa, por mais que nem ele mesmo reconheça a intenção das suas palavras. Depois eu digo e ninguém acredita... ele não aparenta o filósofo que é!
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> Sinais... sinais... e eu não estou ficando louca!
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> Quanto a polêmica espera, eu acho que devemos esperar o tempo que nos for conveniente e ponto final. Afinal, quem é que vai esperar mesmo??? Não se pode determinar o tempo dos outros. Mas uma coisa eu digo, com a precisão de quem sabe onde seu sapato aperta: Devemos esperar para desatar os nós bem menos que a exata fração de tempo que esperamos para os atar. Ansiosos e com ganas que nem ao menos sabemos do que se tratam. Esperançosos de que chegue a hora, seja para guardar ou esquecer o que um dia já foi inexistente.
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> Quero um final de semana à la Tarantino. Sabor- perfil. E tem coisa melhor que viver como nos filmados deste senhor verborrágico??? Conto depois como foi. E conto sempre com vocês.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

A espera

> Depois de uma semana loucamente boa, chegaram os dias mais esdrúxulos dos últimos tempos. Normal, normal. Nem sempre são rosas. Até porque nem toda rosa que recebemos é feita de pétalas. Há espinhos que cortam.
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> Mas sempre esperamos algo, mesmo que seja apenas mais uma rosa cheia de espinhos, mesmo com as mãos cortadas de tanto apertar aquelas que já recebemos.
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> E de espera passam-se os dias. Por coisas que nos façam sair de órbita. Coisas que, por vezes, nem temos coragem de verbalizar. Talvez por não serem verbalizáveis. Mesmo assim as esperamos.
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> Seguimos vivendo como se aquilo fosse acontecer uma hora dessas, sem muita explicação, sem sequer haver sido pensado. Esperamos que acasos nos tragam as coisas que nos deixam ridiculamente sensíveis a ponto de as esperar. E quando chegar, estaremos sem palavras pra dizer o quanto a queríamos, pois não conseguimos verbalizar as vontades que nos tomam o peito sem muita explicação. Vontades ridículas aos olhos de terceiros. Tão importantes que as carregamos como fardos.
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> Na verdade tratam-se de fardos ou prazeres, depende apenas do final de tanta espera. Mas a grande realidade é que com tanta ousadia de esperarmos por algo tão patético e tão especial, essas acabam se transfomando em nossos calcanhares de Aquiles. Nos assustam e nos tomam, alternadamente. Mesmo assim, com tantos poréns, seguimos, esperando que um dia deixem de ser apenas pensamentos proliferantes.
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>Sim, eu também as espero.
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> Não, eu não temo meu calcanhar de Aquiles.
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Pedido mais que urgente: SUPREENDA-ME SEMANA!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Efêmeras verdades bitoláveis


> Esta sou eu. Sem maquiagem. Sem chapinha. Sem firulas. Esta sou uma eu que poucos vêem.
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> Ultimamente fico frente ao espelho perguntando pra esta eu como ela não sabia antes o que hoje sabe. É que tudo seria mais fácil se pensasse como eu penso agora. As coisas seriam mais leves, e não teria precisado de tantos tijolos no meu muro.
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> É. Existia um muro de tijolos que eu mesma fiz. Eram meus sentimentos, minhas percepções e lembranças que eu transformava e empilhava. Quando me dei conta, estava envolta por altos muros feitos com minhas mãos. Eu estava protegida daquilo que vinha de fora. Das lanças e dos raios de Sol.
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> Sempre me disseram que estas paredes estavam nebulando ainda mais a minha visão, que já é turva por natureza. Isto não me afligia, eu apenas não queria mais descobrir o quê tinha do outro lado. Eu estava protegida de qualquer intervenção mundana. Confortavelmente bitolada. E dizia que nada, nem mesmo toda a força do mundo, poderia desfazer meu muro que eu tanto demorei pra construir. A suor e lágrimas. De alegrias e tristezas. E esperanças.
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> Eu apenas esbravejava sobre verdades voláteis e parciais. Afinal, não conhecia teus golpes. Eu nem ao menos te conhecia.
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> Agora, com os pedaços de tijolos pelo chão, fico pensando como é que pude construir tal muro. Como é que eu pude chamar aquilo que vivi lá dentro de felicidade e me privar de saber se existiam outras espécies mais interessantes desta mesma coisa. E esta menina do espelho não sabe me responder. É que nem tudo têm respostas. Nem tudo são perguntas.
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> Nada disto realmente importa mais, apesar do medo do novo ainda existir, a insegurança que, em outros tempos, aprendi a ter. Tudo porque a menina do espelho está radiante por demais, o que me faz ignorar todo o resto. E ela ficou assim depois de tu ter derrubado o muro dela. Ela está muito feliz de, novamente, ver o Sol se perdendo no horizonte.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Tosquices cotidianas e insanidades pontificeanas


Tá prometendo. Há tempos.E tá chegando. A galope.
ÔDEMORÔPARABALÁ!!!! AEEEEE!!!
(Aguardem os próximos capítulos...Apenas aguardem...)

> Semana louca. Semana muito louca. E muito feliz também. Como há muito tempo não vinha sendo.

> Eu queria dizer como me sinto. Normalmente não são exatos sentimentos que estão passando por mim que eu coloco aqui, pode até acontecer, mas não se trata de uma regra. Eu às vezes roubo percepções também. Mas, enfim, esta semana eu queria escrever sobre a alegria boba que me toca. É que acabaram-se meus caminhos tortos e já enxergo o horizonte, onde a curvatura da Terra recebe o Sol poente e liberta o Sol nascente. São promessas de novos dias chegando. Então queria usar palavras engraçadas. Escrever coisas alegres e esperançosas. Procurei, procurei e não achei. Queria apenas algo feliz.

Gabi says:

Eu queria algo bem diver´s e feliz pra postar no meu blog, mas só encontro coisas tristes que eu escrevi
* L i g i * says:
:S
* L i g i * says:
ta foda
Gabi says:
eu sou uma pessoa triste...será? ehauheuhaueha
* L i g i * says:
mas tu pode escrever que tipo... se o Pedro, que é o cara que eu mais odeio neste momento fosse na festa.. ainda assim eu iria na festa! euaeuheauhuehauehuaheuhaeuhea
* L i g i * says:
aí vão pensar...Pedro?? Quem é Pedro? ehuahuehauheuhauhe

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Eu tentei, pelo menos. E a Ligi se esforçou.

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PS: comentário Ligianístico sobre o post:

* L i g i * says:
ai ai
* L i g i * says:
tomara que o nosso colega não leia...

Ela tem as bases. Ela é a melhor parte de um monte de coisas boas e corriqueiras. Coisas pontifíceanas. E nossas.

domingo, 14 de outubro de 2007

A viagem

Partiu
o carro
os desejos impossíveis
a vida de dois numa cidade deserta
as contradições
partiu tudo junto, embolado
lá fui eu!

E voltei.
Com o carro ainda mais pesado, voltei.
Na mala trazia novas saudades, novos rostos, diferentes pontos de vista e um vidro cheinho do meu perfume predileto. Trouxe de volta velhos sentimentos, contudo ainda mais concretados. Sonhos de papel se tornaram de plástico (e fiquei feliz). Nesta minha quase expedição conheci a fisionomia da esperança. A esperança de dar certo, de ser pra sempre, eterno enquanto dure o que for. E a trago como uma lembrança viva, e assim pretendo a manter.
Lá onde estive, roubei felicidades, as dividi com quem passava por mim, sem me apegar nelas. Entretanto, uma hora em que me distraí, guardei um punhado no bolso. O teu punhado. É que, mesmo naquelas ruas diferentes, eu te buscava pelas esquinas, com o canto do meu olhar. Mas em nenhuma delas te encontrei. Então, a tua parte, junto com a parte que eu te daria de todas as coisas que vivi, guardei em algum lugar, pra quem sabe um dia te dar.
Só que não chega a ser uma vontade louca, como em outros tempos. Se não puder as dividir contigo, estarei mesmo assim feliz. É que, naquelas mesmas esquinas, deixei cair o porquê te procurava, e agora ando com coisas pra te dar sem saber se realmente é isto que eu quero. Acho que me acostumei a guardar punhados de mim pra um dia dividir contigo e agora já não sei mais não agir desta maneira. Puro costume. Confusa? Nem tanto. Já vi piores e já estive pior.
No mais, fui vazia e voltei cheia. E lembrei quando chegava que adoro a entrada de Porto Alegre, tanto que quase choro. É que o meu Porto é Alegre até na sua denominação. E, no meu Porto, estão atracados os principais motivos de voltar. Por isto, quando chego nele, dá uma vontade louca de (re)começar tudo de novo e escrever ainda mais bonito os rascunhos que vinha, sem muita explicação, apenas rabiscando.

domingo, 7 de outubro de 2007

Noturnidades

A noite as palavras jorram de minha alma. E, atônita, escrevo compulsivamente, entregando o que nem mesmo ouso pronunciar. Eu me entrego. Te dou de bandeja todos os meus desejos e quereres, pra que tu deguste como é te ter na minha vida. Sim, é um castigo. Um querer infinito que (aparentemente) nunca terá fim. Busco reciprocidade nos lugares menos prováveis, assisto perplexa a minha autoflagelação ao percorrer teus mundos. Mas tem coisas que devemos viver pra sobrevivermos, então deixo meus dedos te procurarem e minha mente ir aonde tu deve estar. Nesta hora te imagino dormindo. Tão sereno que nem se compara ao ser perturbador que me acompanha diariamente. Vejo como seria fácil retirar toda esta armadura que carregas. Esta armadura que te protege de mim. Dos meus braços. Da minha boca. Mas não vou te encostar. Não hoje. Não agora. Não mais. Deixo que viva como queres, mesmo que isso seja o meu fim. Fica no ar a pergunta: Existe fim para o que nunca teve início???
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PS1: Psiu... Obrigada. Pelas canções. Pelo domingo. Pelas dicas. Por tudo. Olha, eu disse que se nada desse certo eu viraria groupie. Só que mudei de idéia. Acho que se tudo der certo virarei tua groupie. Afinal, é tudo uma questão de destino, sorte e mais momentos como hoje, não é?!?! Amei.
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PS2: Tá liberado. A pedidos os comentários foram ativados. Pra elogiar, xingar, perguntar, reclamar, duvidar, etc, etc e etc...tem pra todos os gostos também. Tem com nome, anônimo ou tem também a opção de 'nada a declarar'. Fiquem a vontade. Beijos cheios de insônia a todos e boa semana!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Miguel

Hoje começou madrugando com gotas perdidas pela minha janela. Mas nada tira o brilho e a importância deste dia. Apesar de todos os empecilhos pra comemorarmos em grande estilo, não tem coisa nesta vida que mude o significado de hoje. As coisas do destino não são sempre como deveriam ser. O tempo é pequeno e o mundo grande demais pra gente fazer tudo como gostaríamos. Mas tudo bem. Hoje não é pra se lamentar. Nem mesmo pra reclamar das milhas e milhas que me impedem de te abraçar e te dizer cara a cara que te amo, te quero muito feliz e que sempre estarei aqui pro que der e vier. Hoje é dia de celebrar. Porque o mundo ficou melhor. E não foi a tevê a cores, o homem pisando na Lua, o Brasil ser penta ou qualquer outra pretensa solução da dramaticidade mundana. Foi tu. Tu chegou no mundo e ele ficou melhor. Deve ser por isto que falar de ti é tão difícil. Acho que nem usando todas as palavras do mundo eu conseguiria dimensionar quem tu é e o espaço que ocupa no meu coração. Não como tu merece. Porque tu é único. Dos defeitos as qualidades. Tu é humor peculiar, joguinhos de computador, férias, Cinemark e pipoca com manteiga, muiiito Mc Donald´s, gargalhadas sinistras, vontade de ficar junto, fofocas, conselhos absurdos que nenhum outro daria em sã consciência e amor eterno. E tudo isso faz de ti O cara. Sem perder a doçura e a vontade de ser cada vez melhor. Sem perder o brilho e a luz. Pois Miguel é presença, carinho, colo e carência extrema. Aconchego. (Mesmo à quilômetros de distância). Tu me escuta. E me dá a mão. Só que isso não é tudo. Tu tem inteligência de sobra, jogo-de-cintura, um coração sem tamanho, uma estrela que brilha dentro de ti. Porque Miguel nasceu pra causar. Foi criado como o bendito fruto dentre as irmãs, e sempre a frente de todos, sempre bajulado pelos adultos, sempre com frases de efeito como ‘moça, quer ser minha mãe???’. E cresceu, virou meu melhor presente, meu menlhor amigo. Foi quando a vida veio e te levou. E tu saiu de casa cedo, um gurizito, deixando um rombo no meu coração. Ah, e aí sugiu as primeiras lágrimas (de muitas) por um homem da minha vida (durante horas!!!). Mas não me causou nenhum estrago. Contigo a gente sempre ganha. Pois quando tu chega a vida para pra te ver passar. A gente fica babando por esta obra de arte que é o Miguel. Talvez por isso ter uma família como a nossa é a coisa mais importante do mundo. Somos irmãos de sangue, eterna "farinha do mesmo saco". E nos amamos. Tão incondicionalmente que chego a achar que nunca vou conseguir mostrar o que sinto quando o assunto é tu, que consegue estar todos os dias ao meu lado, mesmo existindo 700 Km entre nós. (O que é uma estrada para um amor sem medidas?). Seja em pensamento ou ao vivo, tu consegue ser presença constante. E viva o telefone e a internet!! Porque ter um Miguel na vida é saber que tudo vai dar certo, contar com os melhores sorrisos, carinhos, programinhas, telefonemas, mensagens e palavras. E é pra sempre, não importa o que aconteça. O que me faz mais feliz, e querer seguir em frente. Porque a felicidade não está só no que fazemos, mas também em quem a gente tem pra dividir estes acontecimentos. E é muito bom acontecer contigo. Te amo infinitamente, e isso ja diz tudo, não é???
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Miguel, incesto mais provável da minha vida, te admiro muito. Te amo pra sempre. Te desejo tudo. Te desejo o mundo. Te desejo que vá ser feliz e que isto seja apenas o começo.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Carta a uma princesinha...

A gente aprende com o tempo que não tem como não doer. O sofrimento é opcional, mas a dor inevitável, não é?? Não é nada fácil passar por isto. E, de novo, a gente viu que a vida não é um mar de rosas. E não é mesmo. Só que também não é uma merda sem fim. Tem muita coisa boa por aí. Tem trufa de chocolate, gente maluca, idéias malucas, bebidas coloridas, praia, Parcão, Ivete, festas bombááásticas, filmes e tantas outras coisas. Não é bom dar gargalhada por besteiras? Dançar? Ouvir música bem alto? Comer besteiras? Ficar desvairando por aí com as amigas?
Tá bom, eu sei que tu está com o coração partido, mas tenho uma ótima notícia pra te dar: ele não é o único homem da face da terra! E, provavelmente, ainda vão até partir seu coração. É, não é assim tão boa a notícia. Mas pense no lado bom: tu ainda vai se apaixonar de novo e vai sentir o coração acelerado de novo e vai ter um primeiro olhar de novo e um primeiro beijo de novo. E um dia tudo isso vai ser correspondido na mesma medida e tu ainda vai rir tanto dessa sua dor que parece que não acaba. Porque vai acabar.
Eu também sei que tu odeia esse tempo que tem que esperar pra passar, ter que fazer tudo que está na tua rotina e que te leva até ele, mas tudo isto faz parte do pacote que é viver. Então tem que continuar a estudar, trabalhar e batalhar muito pra, futuramente, aproveitar tudo em doses mais cavalares ainda. Por isso, pensa nas coisas boas que essas coisas ruins te proporcionam (como a gente, por exemplo) e principalmente no tempo que tu tem agora pra dar uma virada na sua vida. Muitos, na tua situação, queriam ter esse tempo. E tu estava tão perdida, mas agora vai se encontrar, saber o que quer e o que realmente gosta de fazer. Tem gente que vive a vida toda e não descobre isso. Só que agora vai ser diferente. A menininha vai se curtir um pouco, e eu vou estar aqui pra fazer valer todas estas minhas palavras. Então vai fundo, só depende de ti! É, eu sei que desanima pensar que o mundo tá ruim e todo dia a gente fica sabendo de mil e uma desgraças acontecendo por aí. Mas viver é acima de tudo arriscar. É também saber ter amor próprio. Não deixe de ser feliz e se amar. Mágoa é um troço forte demais pra se guardar no coração. Eu nunca achei vantagem em guardar coisas dentro da gente. Então vamos aproveitar e pirar um pouco pra se livrar dos sentimentos ruins que nos tomam. Mostrar pro mundo inteiro a beleza e leveza de ser quem tu é. E saber que tu tem gente pra ligar quando está triste, e tem um gato lindo que fica feliz ao te ver chegar em casa cansada. Tu tem gente pra abraçar e pra sonhar junto contigo. Tu tem gente pra chamar de amigo. Tu tem gente pra chamar de família. E todas essas pessoas precisam de ti (e mais que inclusive: eu!). E tu não é inútil, nem monótona e entediante. Inútil é saber o sentimento que se tem no peito e querer fugir dele por achar que não é bem assim a vida. Mas até isto pode um dia ter utilidade: aprender a viver com intensidade todos os momentos únicos. E saiba: tu é linda. Feias são as pessoas invejosas e sem escrúpulos que não sabem aproveitar uma oportunidade quando ela aparece.
Por tudo isso beibe, quando estiver pra baixo, lembre-se que o mundo não pára pra ti se levantar, infelizmente. E que tu pode chorar, pode gritar, pode lamentar. Mas não pode jamais se entregar porque o amanhã já está chegando e ele é só o primeiro dia do resto da tua vida.
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Vamos nos jogar?? Me dá a mão??? Te amo, e isso é o que importa.