sexta-feira, 27 de julho de 2007

Quando o arco-íris encontrou o pote de ouro (vazio, mas encontrou)

(O que será pior: foras classudos ou ignorância de fatos???!?!!?)


Sejamos francos: 'isto' não é saudades da(s) vez(es) que fui teu interesse. E eu não ligo nem um pouco se tu não tem tempo pra fazer tudo que gosta e que a listinha de prediletos não passa por mim e sim por uma dessas gurias laranjas de autobronzeador que nem sabem que Fernando Pessoa é brasileiro. Eu também não estou nem aí pros teus esforços de menino batalhador nem pra tua sede insaciável de curtir a vida. Todos os motivos subliminares não justificaram. Alguns nem vêm ao caso.

Eu não estou nem aí pra tua disciplina visível cheia de rotina. E sendo assim acho que não cabem desculpas esfarrapadas classudinhas. Verdades clichês que são aplicadas como golpezinhos de iludir em menininhas de 15 anos. Já sou bem crescidinha. O fato é, meu caro, que estou cansada de te pegar na mentira deslavada. Se tudo está conspirando contra ti, se tua vida tá te chamando pra responsabilidade a culpa não é minha! Se te falta sorte, o que eu posso dizer... uma pena! Afinal, na tua prepotência de achar que é mais e que está perdendo algo melhor, acabou disperdiçando o teu bilhete premiado.

O pior é que tu não é nada demais! Tanto é que está aí, se vendendo por quantidade, como carne fresca a quilo. Tão comum e previsível. Cheio de mesmices. Tu não vale o esforço de uma teclada, na verdade. Eu não sei porque te dar tanta importância... Aliás, eu sei. Porque deveria ter aprendido a escutar minha intuição ou conviver com a cretinice dos homens. Mas não. Preferi acreditar em alguém que me arranca sorrisos fáceis.

Só que eu não me resumo a isso. Se eu acordo bem não é porque ontem tu deu sinal de vida. Se acordo mal não é só porque tu existe, longe de mim e ignorando a minha existência, mas existe. Se eu não tenho paciência com a velhinha que pede pra eu ler todos os nomes dos ônibus que passam, se eu xingo a mulher resolve achar que a rua mais movimentada da cidade as 3 da tarde é beira da praia não é por sua causa. Eu tô cansada, tenho pilhas de trabalho me esperando e eu não sou a Lady Di (que Deus a tenha). Então vamos combinar uma coisa: o meu mundo me dá motivos suficientes pra não pensar em ti 24 horas e nem querer estar contigo em todos os minutos de ócio. Tem até avião caindo demais e shopping pegando fogo, fora o enorme crescimento das borboletinhas pelo chão da cidade sinalizando que ali se foi um jovem... ou seja: querer estar contigo, em qualquer lugar do mundo, agora inclui muito risco de vida!

Ironias são meu forte desde sempre. Mas se assim sou é porque não quero parecer triste ou a recalcada que sempre tá sofrendo por um canalhinha calhorda qualquer (adoro esse xingamento!). Só que não quero parecer feliz. Não com o contexto complexo que estou envolvida, onde a insatisfação surge por ter sido inexitoso o meu esforço de tentar acabar com essa abstinência sua. Contudo, como eu disse, não estamos falando do meu umbigo. Vai passar. Em breve (pra não dizer em instantes) vou estampar um sorrisos daqueles de escorrer o lápis do olho, parecido com o que eu costumava ter quando não tinha saudades. Saudades não de ti, até porque o ser que eu tanto quis eu nunca conheci de verdade. Talvez nem exista. E sim saudades do tempo que apenas vivia. Sem o coração colado com fita crepe pra continuar funcionando. Porque a dor é inevitável. Mas como já disse o poeta, o sofrimento, ah, esse é opcional.

(Beijos glamurosos pra todas as meninas que habitam no Asteróide. E pros meninos??!!? Beijo por educação!)