quinta-feira, 6 de setembro de 2007

(Mãe coruja e suas criaturas)


É estranho ouvir-se saindo de outros. É estranho ver suas idéias, inspirações, nostalgias e criatividades passando por outras mentes e caindo no mundo com outra sonoridade que não a própria voz do seu pensar. Ontem me ouvi vindo de outras bocas. Meus textos sendo lidos por outros olhos e identificando sentimentos presentes em quaisquer seres que simplesmente respirem. Surgiu, então, uma mistura de orgulho com satisfação em mim. Uma vontade de continuar tentando descrever o que é que se passa nas vidas que cruzam com a minha. E a dúvida se estamos tratando de realidade ou apenas criatividade me deixou ainda mais feliz. Nem todos conseguiram ver a tênue linha que separa o real do imaginário. Foi um brinde a minha inspiração. Um empurrão para a certeza que tenho de continuar sentindo e pirando, pra que, escrevendo ou compondo, um dia alguém se perceba nas palavras mais simples que eu possa embolar.