domingo, 9 de setembro de 2007

Desimportâncias dominicais (ou seriam as grandes coisas da vida?)



Tu olhou pra fora? Botou a cara na janela pra sentir o céu? Sentiu? Estava lindo. Viu só? Naquele azul que a gente espreme os olhos mas olha com vontade.
Dias assim dão a sensação que estamos numa calmaria sem fim. Como se todas as peças deste complexo quebra-cabeças estivessem, por mágica, se encaixado. Tudo parece estar no seu devido lugar, depois de tantas tempestades em copos de água (ou em meio ao mar mesmo...).
Mesmo sabendo que tudo isto pode ser apenas a superfície e que em baixo toda a minha desordem me espera, está tudo com ares de perfeição. A vida as vezes nos surpreende com a sua dicotomia de atordoar e depois trazer uma calmaria injustificada. Mas não quero exigir muito de mim. Hoje não. Por isso só escreverei coisas que combinem com este céu. E tirarei o dia para fazer nada. Sem culpas.
Hoje acordei na hora de almoçar. Bem acompanhada. Dividia a cama com a Júlia, que vale por um milhão de Júlias. Depois completou o time, com a Carol e a Luiza. Aí não tem pra ninguém. Dormimos e acordamos rindo. Elas se foram e eu vim pro computador. Mandei beijo, olhei quem recebia beijo, recebi beijo também, conversei, fofoquei e escrevi. Corri. De óculos escuros e fones, cantando. E dançando. Tu sabe como é bom correr cantando? Impagável. Tomei um banho demorado, pra tirar os restos de feriado de mim. Fiz as unhas, estão grandes e lindas, a mania de roer unhas já pode ser cortada do meu caderninho (até que se prove ao contrário). Comi miojo de cheddar, como se fosse comida de verdade (porque domingo ninguém cozinha aqui).
Agora estou entregue ao não viver: de pijamas, sem maquiagem, no segundo round do meu momento diversão internética. Todo mundo me chamando pra rua e eu em dúvida se quero ir. Preguiça, sabe? Dormi nada esta noite (já que me perdi por aí) e estou sem sono. Alerta pra vida. E descobri, nesta mesma noite, que muita coisa nessa vida se cura com amigas e uma boa garrafa de tequila. Ou um copo gigantesco de caipirinha. Não importa. O bom de tudo é sabermos que existem pessoas as quais podemos ligar de madrugada quando os dedos estão loucos pra nos trair, mandar mensagens de todos os gêneros, correr pra pedir salvação, dançar estranho, falar um monte de besteiras, morrer de saudades por alguns dias sem se ver, usar e abusar dessas pessoas abençoadas que são nossos amigos e eles continuarão nos amando. Amando e se doando. E pra sempre. Bom, na maioria das vezes... E espero que s últimos casos sejam da maioria.
Ah, eu não queria lembrar mas hoje vou ter que fazer o trabalho de D. Civil Coisas. Urgente. Porque se eu não falar sobre a função social da propriedade arrisco nunca ser dona de nada. Só espero que consiga fazer este índice muito rápido que ainda quero tomar um mate e encontrar com todos mais tarde, naqueles lugares bons onde o crime compensa. Beijos meus amores, aqueles que sabem que eu amo de paixão e sofro de saudades, mesmo estando a segundos de distância, mesmo estando a minutos sem nos ver.