domingo, 4 de setembro de 2011

Carol Teixeira (para ler e aprender como é que se escreve e se reflete a vida)

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E é muito louco isso, de um dia estar dividindo a vida com alguém (e estar SE dividindo, pois é isso que o amor faz com as pessoas) e no outro não estar. A noção do EU vai se delineando novamente aos poucos, como se uma carga fosse embora e a gente fosse recarregado com uma espécie diferente de energia. A energia da individualidade.

Uma separação traz consigo a descrença na eternidade – e isso, ao contrário do que as pessoas pensam, não é ruim. Para mim pelo menos isso veio como uma visão realista e doce da fragilidade dos nossos conceitos, idealizações, da fragilidade da nossa humanidade. Somos falíveis, humanos demasiadamente humanos. E isso é bonito. É a vida com seus ciclos, com as várias eternidades que vamos criando ao longo dela. Porque se A Eternidade não existe, existem vários momentos “eternos” que se afirmam por meio da INTENSIDADE. Acho que a intensidade tem o poder de eternizar coisas.
E eu, intensa que sou, já vivi muitas eternidades.