Eu sei que grande parte das nossas mentiras foram ditas por mim. Eu também sei que grande parte das fantasias entre nós fui eu mesma que criei, com minha fértil imaginação e minhas palavras fáceis de serem pronunciadas, com meus gestos infantis e dóceis a ponto de te iludibriar. Eu me conheço, e não posso te culpar por aquilo que sei que sou capaz de fazer. Então, meu bem, não tente te fazer monstro, quando o máximo que consegues ser é um comparsa das minhas artimanhas.
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Eu também sei que tu nunca foste translúcido, a ponto de deixares os raios de Sol passarem por ti e deixar um arco-íris se formar diante de mim. Tu sempre foste meio verdadeiro, meio errado; meio sincero, meio mentiroso. E sempre foste um tanto tentativa, durante muito tempo. Então não tente se fazer de vítima, quando sabes claramente que as tuas mentiras te artodoam a noite, já que quando deitas com a cabeça no travesseiro não consegues dormir sem pesar em teus sonhos um pouco das tuas jogadinhas.
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Mea culpa. Meia culpa. Somos humanos.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
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