terça-feira, 3 de novembro de 2009

Sobre os riscos do que vivemos

Eu sei que grande parte das nossas mentiras foram ditas por mim. Eu também sei que grande parte das fantasias entre nós fui eu mesma que criei, com minha fértil imaginação e minhas palavras fáceis de serem pronunciadas, com meus gestos infantis e dóceis a ponto de te iludibriar. Eu me conheço, e não posso te culpar por aquilo que sei que sou capaz de fazer. Então, meu bem, não tente te fazer monstro, quando o máximo que consegues ser é um comparsa das minhas artimanhas.
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Eu também sei que tu nunca foste translúcido, a ponto de deixares os raios de Sol passarem por ti e deixar um arco-íris se formar diante de mim. Tu sempre foste meio verdadeiro, meio errado; meio sincero, meio mentiroso. E sempre foste um tanto tentativa, durante muito tempo. Então não tente se fazer de vítima, quando sabes claramente que as tuas mentiras te artodoam a noite, já que quando deitas com a cabeça no travesseiro não consegues dormir sem pesar em teus sonhos um pouco das tuas jogadinhas.
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Mea culpa. Meia culpa. Somos humanos.

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