domingo, 20 de dezembro de 2009

Supernova Particular

{E eu acho que eu gosto mesmo de você
Bem do jeito que você é...}
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> Quando comecei este blog eu tentava entender porque nos permitimos buscar algo que poderia nunca surgir ou ser realmente aquilo que idealizamos. E aí... Porque insistimos em quebrar a cara até encontrar o mais próximo da personificação desta coisa que nem sabemos bem do que se trata?? Seria uma utopia?? Não sei. Talvez seja algo único ou se apenas diferentes percepções sobre a mesma porcaria que se passa dentro de cada um de nós... mas talvez, e quase certo, que eu nunca saberei.
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> Contudo, apesar da profusão de questionamentos e a negatividade sobre o assunto, sempre houve uma curiosidade latente e mais forte que coordenou meus sentidos. E talvez por isso seguisse buscando- nos lugares menos prováveis, nos rostos cotidianos, nos cheiros e nas cores que preenchem as lacunas que eu mesma criei-um alguém que correspondesse a este sonho utópico. Sim, eu seguia esperando por um alguém que me remeteria, nem que por cinco minutos, a uma cena cinematográfica bem no meio da minha nada holywoodiana vida.
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> O príncipe. Eu esperava um príncipe. De preferência em seu cavalo branco, como nos contos de fadas, ou no seu golzinho de uma cor qualquer.
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> Eu esperava, esperava...e nada. Foi assim que o tempo passou e eu simplesmente parei de tentar achar respostas e deixei de acreditar. Pois é, meus caros. Eu desacreditei na possibilidade de existir um amor pra uma vida. Porém o mais surpreendente foi perceber que, depois de nem mais pensar sobre o assunto, ele poderia existir. Sim, é possível que ele realmente exista. Mas não é do tipo que tu encontra quando procura. Ele que te encontra, e quase sempre é quando tu está desacreditada, andando por aí, procurando um buraco ainda mais escuro e longínquo pra esconder teus sonhos feitos pra dois.
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> Também não é do tipo que tu pode procurar até encontrar. Normalmente ele te encontra quando já estava cansada de tanta busca, pois são muitos cantos, cruzamentos e passamos a maioria da vida perdidos em largas avenidas, o que dificulta o encontro e a certeza de que ali está o motivo da caminhada sem direção. Ou melhor: ali está a tua direção.
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> Pode-se dizer, também, que quando cruzamos com ele podemos pensar que não é o tipo de pessoa imprescindível, e seguimos em frente. No entanto, quando paramos e olhamos de uma forma mais perspicaz, percebemos no brilho daqueles olhos algo nunca antes visto, e as palavras dele estarão repletas das coisas mais lindas a ti já ditas; de uma forma que será inevitável ficar se perguntando como é que conseguiste viver tanto tempo sem.
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> Mas ele não é perfeito. Longe disso. Provavelmente ele não tem reinos, não tem cavalo branco nem carros da moda, faz coisas que tu não aprova, mas tu já não sabe mais dizer não. Tu não sabe mais como torná-lo apenas mais um nome na tua extensa lista de paixonites superficiais. E ele não tem nada a mais, não é nada de mais. Isto chegará a ser um consenso. Contudo, estás presa na incrível força que ele tem sobre ti e te renderás às suas manias manjadas. Então tu vais encontrar beleza até mesmo nos seus mais profundos defeitos. E ele não poderá se livrar tão facilmente dos teus olhos curiosos percorrendo seu corpo, o desejo latente exalado por teus poros, teus ouvidos atentos a qualquer pista e tua boca sendenta esperando por beijos inesquecíveis.
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> Não. Ele definitivamente não é um príncipe. Mas não é sapo. Não é um roqueirinho que faz sucesso entre as menininhas de 15 anos, um estudante de uma federal de direito ou de administração, nem mesmo um sueco diretor de uma multinacional. Não é um deus grego, mas não é mais um mero mortal. Não, não é nada disso. Ele é um alguém diferente, o meu alguém especial. No meu universo, o supernova. Pro meu samba-enredo, o próprio carnaval.
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> Se realmente achei o que buscava, eu também não sei.
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> Sigo esperando sinais divinos que confirmem toda esta minha extensa e reflexiva utopia. Esperando sinais que demonstrem o quanto eu, por acreditar em tudo isto, não estou errada.
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*Aos meus leitores, amigos e visitantes: um feliz natal e um 2010 positivamente surpreendente!

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